quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Super promoção do produto CLENBUTEROL LAVIZOO na LojaAgropecuaria.

Clenbuterol é um produto broncoespasmolítico, indicado para tratamento de espasmos bronquiais e coadjuvante nas terapias de enfermidades respiratórias.





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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Clima seco é propício para eliminar parasitas no rebanho

Animais parasitados apresentam baixo desempenho produtivo e podem registrar redução anual no ganho de peso


O mercado de carnes e leite está cada vez mais exigente quanto à qualidade, primando por produtos saudáveis e sem resíduos químicos. Especialistas garantem que é necessário que o manejo do gado tenha um programa bem estruturado de profilaxia para evitar o aparecimento de doenças que, além de causarem perdas econômicas, desqualificam o produto.

    Segundo a Embrapa Gado de Leite, um animal parasitado por vermes, por exemplo, chega a perder cerca de 250 ml de sangue diariamente, levando a anemia. Os vermes intestinais provocam diarreias, o que causa desidratação, fraqueza e perda de peso, vermes nos pulmões desencadeiam pneumonia ou algumas enfermidades com impacto direto no abate, pois quando encontrada na carne é descontado do pecuarista do valor que seria pago pelo animal.

    Para o médico veterinário do Clarion Biociências, laboratório da Agroquima, Ricardo Takafashi, os animais parasitados apresentam baixo desempenho produtivo, e podem registrar redução anual no ganho de peso em 30 quilos na média, podendo a perda variar de 18 quilos a 45 quilos.

    Em função das condições climáticas, o rebanho brasileiro, em sua grande maioria, inclusive o goiano, sofre com a infestação parasitária durante todo o ano e mais intensamente neste período da seca, pois os vermes necessitam de umidade para se desenvolverem no ambiente externo.

    – Como no período da seca não temos ambiente propício para eles se desenvolverem fora do animal os vermes permanecem no mesmo – diz.

    Takafashi explica que a utilização de vermífugos é extremamente eficaz na eliminação e controle das verminoses nesta época do ano. Segundo o especialista, a maneira mais adequada para a prevenção e o combate das verminoses é o controle estratégico.

    – Os tratamentos concentram-se em períodos pré-determinados (início, meio e final da seca) nos meses de maio, julho e setembro, lembrando que a vermifugação no final da seca e início das águas também poderá ocorrer depois de setembro, conciliando com a vacinação do rebanho – explica o veterinário. 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Aumento nas exportações ajuda a alavancar o preço da arroba do boi

Brasil exportou entre janeiro e agosto 1,045 milhão de toneladas de carne. Vendas renderam US$ 4,75 bilhões às indústrias brasileiras.


Este ano, houve aumento nas exportações de carne bovina brasileira. A alta chega a 10% em volume. Esse movimento ajudou a alavancar o preço da arroba do boi.

A carne está conquistando cada vez mais o paladar dos clientes estrangeiros. Nos primeiros oito meses do ano, o produto enviado para fora do país rendeu às indústrias brasileiras US$ 4,75 bilhões, com aumento no faturamento de 13,7% em relação ao mesmo período de 2013. O volume também cresceu. O Brasil exportou entre janeiro e agosto 1,045 milhão de toneladas. Houve aumento de 10%.

A gestora técnica da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL) aponta um dos motivos para a valorização. “Um dos principais fatores foi a redução de produção de países importantes como Austrália e Estados Unidos, que reduziram, principalmente, em função climática. E isso fez com que eles buscassem esse produto em outros mercados. O Brasil a aproveitou essa oportunidade”, diz Adriana Mascarenhas.

Irã, Egito, Venezuela e Chile são exemplos de países que preferiram comprar a carne produzida no Brasil. Além deste grupo, dois clientes fizeram a diferença. Os números positivos se devem especialmente à demanda de Hong Kong e Rússia, que continuam liderando o ranking de mercados importadores da carne brasileira. Esse cenário contribuiu de forma positiva nos preços pagos aos criadores.

O pecuarista Carlos Henrique Xavier faz engorda de animais em Campo Grande e envia lotes para o frigorífico o ano todo. Este mês, o criador já recebeu ofertas de R$ 125 e está animado com o mercado. “Está compensando porque a arroba reagiu bastante. No ano passado, o boi não chegava nem a R$ 100 a arroba. Esse ano, já atingiu R$ 125”, compara.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Seca prejudica pastagens e aumenta custo de produção dos ovinos em São Paulo

Manejo e reserva de alimentos na propriedade são diferenciais para enfrentar estiagem que afeta a região


A carne de cordeiro está bem valorizada no mercado, com demanda crescente. A seca que atinge a região Sudeste, no entanto, prejudicou as pastagens e aumentou o custo de produção dos ovinos. Nesta situação, o manejo e a reserva de alimentos na propriedade são os diferenciais para enfrentar a estiagem sem perder produtividade.

No interior de São Paulo, o capim vaqueiro está resistindo graças ao manejo. Quando houve chuva, foi feita adubação à base de nitrogênio. Com o tempo seco não dá pra adubar, porque não há fixação do nutriente no solo.

Sem a chuva, outro cuidado é importante: não pode ocorrer o super pastejo, quando há excesso de animais no pasto. As ovelhas precisam ser bem distribuídas.

Em uma propriedade de Nazaré Paulista, o capim ainda alimenta boa parte dos animais, mas já apresenta algumas deficiências. As matrizes tiveram que ganhar, uma vez por dia, um reforço com ração rica em proteínas.

– As fêmeas mal alimentadas não manifestam o cio. Portanto, não vão ser cobertas pelo macho. Não sendo cobertas, não vão parir. Não parindo, não tem o principal alimentador financeiro da atividade, que é o animal resultado desse cruzamento. Se ela, por um acaso, gestar, ela vai prenhar muito mal, porque está mal alimentada. Gera uma cadeia de males e de problemas de difícil solução – explica o consultor de ovinocultura, Walter Celani.

A ração das matrizes aumenta o custo de produção de cordeiros. Para o produtor Gerson Ferreira da Silva, que investe na cultura há dois anos, a alta chega a 50%. O pecuarista já percebeu que não pode contar só com o pasto para o sustento dos animais. Uma reserva de 90 toneladas de silagem de milho, produzida em 2012, está pronta para um momento de emergência.

– Eu estou preocupado. Se não chover, eu vou ter que dar ração para todos os animais. Então, a minha preocupação hoje é com o dia de amanhã – comenta Silva.

De acordo com o consultor de ovinocultura, para produzir uma tonelada de silagem o custo hoje fica em torno de R$ 70 a R$ 80, valor próximo ao do capim no pasto devidamente adubado e tratado.

Mercado compensa

Toda preocupação do produtor tem sido recompensada pelo mercado aquecido. É grande a procura pela carne de cordeiro. Silva vende 50 cabeças por mês e quer aumentar a produção. O cordeiro é vendido a R$ 12 o quilo.

– Chega a dar R$ 220, R$ 280 cada animal. Com 120 dias já está pronto para o abate – comemora.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Manual padroniza classificação de carcaças por acabamento

Documento é fruto de uma parceria de entidades como Famasul, Acrissul, Sociedade Rural Brasileira e Embrapa Gado de Corte e deve ser lançado em breve

 

A transparência faz diferença no relacionamento entre pecuarista e indústria e, principalmente, na hora de produzir com qualidade. Porém, muitas vezes, alguns desencontros e insatisfações geram incômodo na hora de pagar o preço correto da carcaça e de se classificar o acabamento do animal entregue pelo produtor. Por esse motivo, um grupo de associações, indústrias e pecuaristas está desenvolvendo um manual fotográfico descritivo para melhor classificar e padronizar as carcaças bovinas.

Em parceria com diversas entidades como Associação dos Criadores de Novilho Precoce do MS, Famasul, Acrissul, Serviço de Inspeção Federal, Embrapa Gado de Corte, Sociedade Rural Brasileira, pecuaristas de todo o Brasil se reuniram em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e deram o primeiro passo para implementar um modelo formal de classificação de carcaças por acabamento, que deve estar disponível em breve.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Pesquisas apontam que bem-estar animal influencia na qualidade da carne

Pesquisadores de nove países se uniram na USP de Pirassununga, SP.
Bem-estar da criação pode gerar lucros para o produtor.


 Os cuidados com os animais podem influenciar na qualidade da carne. Pesquisadores de nove países criaram um Centro de Estudos em Pirassununga, São Paulo, e conseguiram provar que o bem-estar da criação gera lucro para o produtor.

Sem estresse e cheios de disposição, o tempo de amamentação é importante para que os porcos desenvolvam-se bem.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) comprovaram que os filhotes quando são tirados de perto da mãe antes de completarem três semanas podem ficar mais agressivos. Eles fizeram testes com a saliva dos animais e constataram uma grande quantidade de cortisol, o hormônio do estresse.

A pesquisa é uma entre várias que vêm sendo desenvolvida no Centro de Estudos em Saúde e Bem-Estar Animal na USP de Pirassununga, região central de São Paulo. O polo foi criado há um ano e reúne cientistas de nove países.

O chefe do comitê do Ministério da Agricultura da Alemanha, Jöer Hartung, é um deles. Ele conta que a região foi escolhida porque a universidade é referência em pesquisas na área.

A USP em Pirassununga tem uma área de 2,5 mil hectares, onde são desenvolvidas pesquisas sobre 12 espécies de animais, que têm interesse econômico, como os suínos e os bovinos.

A ideia é desenvolver uma série de protocolos e criar um selo de qualidade para que, no supermercado, o consumidor tenha certeza de que em todo o processo de produção foi pensado no bem-estar animal, um diferencial para quem investe no setor.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Mercado do boi gordo segue com pressão de alta

Referência do animal está em R$ 127,00 a arroba, à vista


O mercado do boi gordo terminou a última semana mais calmo, segundo a Scot Consultoria. Dados da consultoria apontam que não ocorrem negócios abaixo da referência R$ 127,00 a arroba, à vista. Algumas compras ocorrem em valores até R$ 2,00 a arroba acima deste patamar, pontualmente.

Parte das indústrias paulistas conseguiu prolongar as escalas de abate, ocasionando redução de algumas ofertas de compra.

Vaca

A arroba da fêmea terminada subiu para R$ 117,00 a arroba, à vista. Os estoques dos frigoríficos não estão abastecidos, no entanto, a venda regular de carne bovina gera receio quanto a recuo dos preços, outro fator que motivou os frigoríficos a negociarem menos animais nesta segunda, dia 1º.

No Rio Grande do Sul e na região de Cuiabá-MT, houve ligeira melhora da oferta, o que gerou queda de preços. Segundo a Scot, embora o mercado trabalhe em ritmo mais lento, persiste a escassez de animais terminados nas regiões produtoras, o que deverá pressionar as cotações para cima em curto prazo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Agropecuária cresce 0,2 % no trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária cresce 0,20 %, enquanto o da indústria cai -1,50 % e serviços -0,50 %, em relação ao primeiro trimestre deste ano



Diferente dos demais aspectos da economia, a agropecuária não mostra redução no ritmo de crescimento, quando se compara as taxas do segundo trimestre de 2014 com as do primeiro.

No acumulado de 2014, em relação ao ano de 2013, a agropecuária cresce 1,20 %. Segundo análise da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa) esta taxa é baixa porque é calculada em relação a 2013, quando o crescimento foi de 7,0% ao ano.

O IBGE atribui a estabilidade do crescimento da Agropecuária (0,0 %), em comparação a igual período do ano anterior, à produtividade e ao desempenho de algumas lavouras que têm safra relevante no trimestre.

São destacados a soja, com crescimento da produção anual de 6, 0%; arroz, 4,4 %; mandioca, 10,4 % e algodão, 25,4 %. Esses produtos têm também participação expressiva no valor da produção agropecuária. Por outro lado, o IBGE destaca que milho e café tiveram variação negativa na produção anual. As estimativas para a pecuária, silvicultura e extração vegetal também apontaram para um fraco desempenho no decorrer do segundo trimestre.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Produção de grãos: alta de 2,6% na safra

Soja em alta permanece como destaque da colheita prevista para este ano. Aumento das áreas plantadas deve encerrar período de crescimento, em decorrência na baixa do preço de commodities


O Brasil deverá registrar uma produção de grãos de 193,47 milhões de toneladas. O volume é aproximadamente 2,6% superior à safra passada, que representa um aumento de 4,81 milhões de toneladas em relação ao mesmo período do ano anterior. O dado é do 11º levantamento de grãos da safra 2013/2014, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na semana passada. O maior destaque foi mais uma vez a cultura de soja, que apresentou um incremento de 5,1% na produção, o equivalente a 4,16 milhões de toneladas.

O total de área destinada ao plantio de grãos deve chegar a 56,85 milhões de hectares, o que significa uma alta de 6,1% se comparado à área de 53,6 milhões de hectares da safra passada. A soja segue com crescimento de 8,7%, passando de 27,7 para 30,1 milhões de hectares. A cultura de trigo também apresentou crescimento expressivo, saindo de 2,2 milhões de hectares para 2,6 mil hectares, um crescimento de 20,7%. Outro produto a ser destacado é o feijão, que apresentou recuperação de área principalmente no Nordeste.

Segundo o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura, Fernando Pimentel, a expansão da área colhida, para 56,2 milhões de hectares é um número bastante positivo, que parece encerrar um ciclo virtuoso de sete anos de boa rentabilidade no campo. Diante dos preços deprimidos para quase todas as culturas anuais de importância econômica, em particular a soja e o milho, “é de se esperar uma redução nesse ritmo de expansão que não deve passar de 3% para 2015”. Para ele, esse número poderá ser ainda menor no ciclo 2015 – 2016, se as safras forem regulares no período.

De acordo com Pimentel, a boa safra americana de soja e milho em fase final vai recompor os estoques internos que norteiam a precificação dessas commodities na Bolsa de Chicago, o que tira o peso sobre a oferta e coloca os compradores, em particular a China, na zona de conforto. “Como ainda temos muita soja e milho no hemisfério Sul, talvez enfrentemos um horizonte de preços baixos pelo período de 12 a 18 meses, até que tenhamos uma recuperação da renda no campo e, consequentemente, estímulos para crescer novamente. Esse cenário para o milho e soja encontra um mercado já deprimido para o café, algodão, laranja e cana, o que deverá impactar o VBP nacional desse ano e do próximo, além de prejudicar a nossa balança comercial”.

A Conab fez a pesquisa entre os dias 20 e 26 de julho. Durante o estudo, foram levantadas informações de área plantada, produção e produtividade média estimada, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, evolução da colheita, entre outras variáveis.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Separação menor de lotes no confinamento otimiza engorda

Manejo racional apresenta pequenos detalhes que podem aumentar o bem-estar do rebanho


Ambiente confortável, manejo tranquilo e sanidade em dia são atributos indispensáveis para impulsionar o gado até o cocho e elevar o consumo. Vários estudos feitos dentro e fora do Brasil já comprovaram que animais calmos ganham mais peso e ainda reduzem o número de lesões, o que evita desperdício para o pecuarista na hora do abate.
  
A norte-americana doutora em zootecnia Temple Grandine é a maior referência em bem-estar animal e afirma ser vantajosa a relação harmoniosa do criador com o gado:

– Animais calmos ganham mais peso. Existem cerca de dez publicações a esse respeito. Animais estressados antes do abate apresentarão cortes mais escuros e carne mais dura. Fora isso, os animais agitados podem machucar as pessoas e machucar a eles próprios e podem ter hematomas, o que tem custado a indústria milhões de dólares por ano, já que essas partes da carne têm que ser cortadas e descartadas.
 
No Brasil, em 1934, já se falava em medidas de respeito e proteção aos animais criados para fins econômicos. Mas, de acordo com a especialista, o conceito ainda não foi totalmente incorporado por quem lida com o gado e ainda há muito a ser feito.
 
– Quando o dono da fazenda ou alguém responsável por fiscalizar está assistindo, o manejo é muito bom. Mas quando a equipe não está sendo supervisionada, ou acha que não está sendo supervisionada, voltam a acontecer os choques e a gritaria. Então um dos grandes problemas é a supervisão.
 
No confinamento Monte Alegre, no município de Barretos (SP), tudo é pensado para criar um ambiente mais calmo e confortável para o gado desde o manejo no curral de processamento até o conforto térmico na área de engorda. A respeito disso, o pecuarista André Luiz Perrone Reis declarou:
 
– Esse bem estar é uma preocupação que temos desde a recepção desses animais: a adaptação desses animais ao cocho, a qualidade do processamento – é algo que fez diferença.

As diferenças ficaram evidentes em uma experiência feita com diferentes tamanhos de lotes dentro dos currais de engorda: por dois anos foram comparados dados de ganho de peso de um lote com 220 animais e outro com 120 animais. Segundo o consultor do confinamento, os animais que estavam em lotes menores tiveram melhor desempenho que os outros do lote maior. 

– Essa diferença foi da ordem de 4 a 6 % de eficiência pior para os animais que ficaram em lotes maiores. Na prática, a gente via mais competição dentro do curral, formação de subgrupos. À tarde tinha muito mais briga, muita competição por alimento; a dificuldade em estabelecer hierarquia também é maior quando o lote é maior, já que os animais ficam mais acomodados em lotes menores – recomendamos abaixo de 130 bois. – afirma Luciano Morgan, zootecnista.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Carne escura precisa ser consumida rápido e tem menos sabor

A peça com maior pH não apresenta riscos ao consumidor, mas para evitá-la é necessário minimizar o estresse do gado antes do abate


Os consumidores costumam rejeitar mais as carnes escuras, ou carnes DFD (escura, firme e seca, em português). A principal causa, segundo pesquisadores, é o estresse do gado antes do abate.

Foi investigado por mais de um ano o motivo da carne com o pH mais elevado, que é o que escurece a peça. Após ouvir especialistas e cadeia produtiva, não há monitoramento no país sobre quantidade de carcaças mais escuras.

Isso tem muito a ver com a imagem da carne brasileira. Somos os maiores exportadores de carne. A cadeia produtiva entende que a divulgação de que há certo percentual de carne com o pH acima pode afetar as exportações do produto. Com isso, não se cria o debate necessário sobre o tema. O monitoramento é muito comum nos Estados Unidos e na Europa. Mas aqui no Brasil, não há dados, somente indicações e estimativas.

Embora o consumo dela não traga riscos à saúde, é uma carne que precisa ser preparada logo, já que o pH elevado ajuda a deteriorar o produto mais rápido e não permite muito tempo de armazenamento, como explica o docente da Unicamp Pedro Eduardo de Felício.

– A carne DFD é um alimento para consumo rápido. Ela resiste, no máximo, uma semana na geladeira. A carne mais clara você pode armazenar até dois meses. A peça escura não oferece nenhum risco à saúde, mas ela deteriora rapidamente. O mais indicado seria para os serviços de refeição, aqueles que servem muitas pessoas, consumo rápido. Ela tem uma deficiência de sabor em relação a uma carne mais clara, mas não é um sabor estranho – explica Felício.

Sobre as causas do gado apresentar carne mais escura, o professor explica que isso está relacionado com fatores sociais do animal. A tendência são os bois não castrados, conhecidos como bois inteiros, serem mais suscetíveis a apresentar a carcaça mais escurecida.

– Pode ser um fator social, quando você reúne animais estranhos uns aos outros. Uma suposição que eu tenho, é sobre a hierarquia dentro do rebanho. Tudo envolve: o estresse na hora do embarque e o estresse climático, por exemplo. São praticamente dois tipos de gado que apresentam esse problema: o macho não castrado e a fêmea no cio, principalmente pela a excitação que passam, acabam mais propensos a um pH mais alto – explica o professor da Unicamp.

O especialista comentou que há possibilidade de não castrar o animal e conseguir cortes mais claros. Entretanto, o animal precisa ser muito manso e o produtor tem que reduzir ao máximo as possibilidades de estresse do gado durante o período pré-abate. Ele sugere que os frigoríficos façam primeiro o abate de bois inteiros, para que eles não sintam tanto a mudança de local.

O diretor técnico da JBS Bassem Sami Akl explicou como essa questão afeta o mercado de carnes. Para ele, é um problema que envolve toda a cadeia produtiva, já que uma carne mais escura tem menor tempo de prateleira e rejeição do consumidor.

– A grande parte de carne escura está relacionada ao manejo do animal. Nós podemos afirmar que isso ocorre na fazenda e no transporte ao frigorifico. O que nos cabe, dentro da indústria, é fazer uma manipulação adequada. Mas é necessário que toda a cadeia produtiva trabalhe para diminuir o estresse do animal. Precisamos reduzir e achar uma destinação melhor para essa carne escura – ressalta Akl.

O representante da JBS também afirma que muitos produtores optam por não castrar o animal por causa do ganho de peso mais fácil que esse tipo de gado tem. Mas, na visão de Bassem Sami Akl, essa questão não pode ser a principal para o produtor não castrar seu rebanho.

– O boi inteiro engorda mais fácil e o produtor prefere isso. Mas o boi castrado é o caminho, precisamos trabalhar na qualidade do nosso produto. Órgãos de pesquisa comprovam que animais inteiros apresentam carne mais escura. O produtor não pode pensar só no ganho de peso – lembra o diretor técnico da JBS.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Milho e cana: vantagens e desvantagens de cada um

O etanol pode ser produzido a partir da cana-de-açúcar, do milho, da beterraba, da mandioca, da batata e de outras culturas. Mas o biocombustível que tem milho e a cana como matéria-prima se destaca pela elevada produção mundial



Os Estados Unidos produzem etanol de milho e é o maior produtor do mundo com a produção de 50 bilhões de litros por ano. Já o Brasil está em segundo lugar no ranking, com a produção de 23 bilhões de litros anuais a partir da cana-de-açúcar.

Ambos os países são criticados por desenvolver “certa” monocultura para a produção do biocombustível. E ainda, no caso do milho, por usar alimento para a geração de combustível. Mas as criticas são rebatidas. Apenas 20% do milho americano é destinado para a indústria sucroenergética. “Alguns estados americanos – no “corn belt” - produzem mais milho que todo o Brasil”, explica o assessor técnico para a área de cana-de-açúcar e biodiesel da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Alexandro Alves dos Santos. Não muito diferente, o Brasil usa apenas parte da plantação de cana para o processamento de etanol, a outra fração é direcionada para a produção de açúcar.

Mas a maior dificuldade em ambas está nas questões climáticas. Por mais que a tecnologia e a ciência avancem, ainda é difícil prever secas, geadas e chuvas, e como são produtos agrícolas, ambos dependem das condições climáticas para um bom desempenho.

Milho ou cana?

Muito se debate sobre as vantagens e desvantagens da produção de etanol a partir dessas duas matérias-primas. A representante na América do Norte da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Leticia Phillips, afirma que nenhum país no mundo produz etanol com a mesma eficiência obtida pelo Brasil a partir da cana. Mas, mesmo assim, ela mostra vantagens e desvantagens de ambas as produções.

Uma vantagem do etanol brasileiro é a eficiência durante o processo de produção. A cana produz mais biocombustível em uma determinada área. Cálculos da Faeg indicam que um hectare gera oito mil litros de etanol de cana. Já com o milho, no mesmo espaço, são três mil litros.

Um segundo ponto em favor da cana é que as moléculas de açúcar são menores e mais fáceis de ser quebradas. Assim, o tempo de fermentação leva entre 7 e 11 horas. “No caso do milho, é preciso ‘quebrar’ o carboidrato em açúcares para depois fazer a fermentação”, explica Leticia Phillips. O amido é uma célula grande, assim a fermentação necessita de um longo período de tempo, que varia entre 40 e 70 horas.

“O processamento do grão é realizado em duas etapas, enquanto o da cana tem apenas uma, o que faz com que o balanço energético do etanol de cana seja muito maior que o do etanol de milho”, ressalta. Assim, o custo da produção de biocombustível a partir da cana é inferior. Para cada litro de etanol brasileiro são gastos U$0,40, já o do milho é mais caro – custa U$ 0,50.

Além disso, existem outros benefícios. Segundo o assessor técnico Alexandro Alves dos Santos, a cana-de-açúcar permite a otimização do solo, já que em um hectare se produz 90 toneladas. E uma plantação no mesmo espaço territorial de milho resulta em dez toneladas do produto. No Brasil a produção média é de cerca de sete mil litros por hectare. Nos EUA, são 3,8 mil litros por hectare, em média.

E a cana é uma cultura semi-perene, por isso só precisa ser replantada a cada seis anos, o que ajuda na conservação do solo. Diferentemente do grão, que é replantado anualmente.

Os subprodutos da cana também têm um maior valor agregado em comparação aos do milho. “A fertilização do solo da lavoura é realizada com os resíduos do processo de industrialização, como a torta de filtro e a vinhaça”, explica a representante na América do Norte da Unica. Os resíduos do etanol de milho são aproveitados na fabricação de ração animal (Distilled Dried Grains with Solubles -DDGS) e óleo.

O assessor técnico da Faeg destaca a vantagem ambiental no uso do etanol brasileiro. Durante o manejo na lavoura local para a produção de oito unidades de etanol são gastos apenas uma de combustível fóssil. Diferentemente do milho, no qual essa proporção é de 9,2. “O ciclo de vida da cana-de-açúcar ajuda a combater as emissões de gases que causam o efeito estufa quase cinco vezes mais que o milho”, enfatiza Leticia Phillips. Por esse motivo, o etanol de cana é considerado limpo e ecologicamente correto.

Desvantagens

Mas o etanol brasileiro também tem desvantagens em relação ao americano. Para se mensurar, uma tonelada de cana rende 90 litros do biocombustível. A mesma quantidade de milho rende 400 litros, o que representa mais de 344%.

Outra desvantagem do etanol da cana é relacionada à estocagem. O processamento da cana tem que ocorrer no prazo máximo de 24 horas após a colheita, portanto os canaviais precisam ser próximos das usinas. Diferentemente, o milho não precisa ser processado logo após ser colhido. Ele pode ser estocado e, depois, processado.

Devido a essa facilidade, algumas usinas brasileiras no Mato Grosso estão produzindo também o etanol de milho no período de entressafra. Segundo o Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool/ MT) uma usina se tornou flex – isso é, produz etanol de cana e de milho.

Na primeira operação foram processados mais de 85 mil toneladas do grão e gerados seis milhões de litros de etanol. A usina começou a moer o milho após o estado atingir uma super-safra, o que derrubou os preços do grão. Na época, o frete era o dobro do valor do produto, que chegou a ser vendido por R$ 7 a saca.

Ajuda mútua

Mesmo com o uso de tecnologias diferentes existe uma cooperação técnica oriunda do Memorando de Entendimento sobre Bicombustíveis, assinado em 2007, pelos então presidentes Bush e Lula. Mais recentemente, em 2011, os presidentes Dilma e Obama expandiram essa cooperação para a área de bicombustíveis de aviação.

Para permitir a troca de tecnologias, a GE abre no Brasil seu quinto Centro de Pesquisas Global. Segundo a líder da área de Sistemas de Bioenergia do Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil, Suzana Domingues, o local terá como objetivo principal otimizar os processos de produção do etanol. “Podemos trazer todo o nosso background das nossas unidades em várias partes do mundo, inclusive nos Estados Unidos”, ressalta.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Sindan emite nota sobre proibição da avermectina

Entidade se diz surpreendida pela publicação da Instrução Normativa



As associações de classe estão se posicionando sobre o assunto. Abaixo, a nota na íntegra do presidente do Sindan, Ricardo Pinto:

Referente à Instrução Normativa No. 13 de 29/05/2014, publicada em 30/05 no Diário Oficial da União, que proíbe “a fabricação, manipulação, fracionamento, comercialização, importação e uso de produtos antiparasitários de longa ação que contenham como princípios ativos as lactonas macrocíclicas (avermectinas) para uso veterinário e suscetíveis de emprego na alimentação de todos os animais e insetos”, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan, São Paulo/SP) esclarece o seguinte: 

- O Sindan foi surpreendido pela publicação desta Instrução Normativa e está buscando acesso ao processo administrativo que teria subsidiado a Instrução Normativa, bem como analisando as medidas cabíveis para que, de maneira proativa, possa resguardar os interesses de toda a indústria de saúde animal que venha a ser afetada diretamente pela norma; 

- Os produtos de uso veterinário a base de lactonas macrocíclicas (ivermectina, abamectina, doramectina, moxidectina e eprinomectina) previnem e combatem parasitos internos e externos possibilitando o incremento na produtividade da bovinocultura, sendo utilizadas tanto no Brasil quanto no mundo há mais de 20 anos; 

- Os produtos de uso veterinário a base de lactonas macrocíclicas são devidamente registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF) e, portanto, comprovadamente seguros e eficazes segundo critérios técnicos e científicos estabelecidos pelo próprio MAPA; 

- Os produtos de uso veterinário a base de lactonas macrocíclicas são utilizados em todo o mundo, dentro das recomendações da indústria de saúde animal, reconhecida pelos representantes da cadeia produtiva de proteína de origem animal como uma ferramenta indispensável para o controle de ectoparasitos que causam bilhões de reais de prejuízos à pecuária nacional.  

- Nas condições tropicais de alta pressão parasitária e do manejo extensivo utilizado no Brasil as lactonas macrocíclicas de longa ação são essenciais à produtividade e competitividade brasileira no mercado local e global de carnes; 

- O Sindan tomou todas as iniciativas e seguiu todas as determinações governamentais no sentido de orientar os produtores e profissionais da área veterinária sobre a aplicação correta dos produtos de uso veterinário a base de lactonas macrocíclicas, seguindo as recomendações de rótulo e bula devidamente aprovadas pelo MAPA; 

- Portanto, o Sindan repudia o teor da Instrução Normativa nº 13 de 2014, reafirmando que adotará as medidas cabíveis para anulação desta Instrução Normativa.

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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Agro Exportou US$ 9,66 bilhões em Maio

Após um março com melhora no desempenho das exportações do agro e de um abril estabilizado, em maio as exportações tiveram uma pequena piora no desempenho em relação a maio de 2013



As exportações (US$ 9,66 bilhões) se comparadas com o mesmo período de 2013 (US$ 10,18 bi), diminuíram 5,1%. O saldo na balança do agro de maio foi de US$ 8,24 bi, uma diminuição de 6,9% em relação a maio de 2013, o que teve a contribuição das importações do agro que aumentaram 6,8% no mês.

O valor exportado acumulado no ano (US$ 39,5 bilhões) por sua vez teve queda de 2,2% quando comparado com o mesmo período de 2013 (US$ 40,4 bilhões). O saldo positivo acumulado no ano foi de US$ 32,4 bilhões (2,9% menor que o mesmo período em 2013). Se continuarmos nesse ritmo, fecharíamos 2014 com um montante de apenas US$ 95 bi, porém cabe ter a esperança que o acumulado de janeiro-maio de 2013 tivemos uma exportação de US$ 40,4 bi e fechamos 2013 com a cifra de US$ 99,9 bilhões.
Os demais produtos brasileiros fora do agro tiveram uma queda de 4,7% nas exportações (US$ 11,7 bi em 2013, para US$ 11,1 bi em 2014), o que levou a participação do agronegócio nas exportações brasileiras manter os mesmo patamares que em 2013, chegando ao valor de 46,5% em relação as exportações totais do Brasil, ou seja, o agro foi responsável por quase metade de tudo que o Brasil exportou.

O saldo da balança comercial brasileira ficou baixo, com um superávit de apenas US$ 712 milhões no mês de maio, porém no acumulado do ano teve um grave déficit de US$ 4,85 bilhões. Se não fosse o agronegócio, a balança comercial brasileira teria um déficit de US$ 37,2 bilhões acumulados no ano, ou seja, mais uma vez o agro evitou um desastre maior na economia brasileira.

Neste maio, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2013 foram respectivamente: café verde (aumentou US$ 105,9 milhões em relação a maio de 2013), farelo de soja (US$ 93,4 mi), carne bovina in natura (US$ 84,2 mi), celulose (US$ 36,0 mi), arroz (US$ 24,8 mi), couros/peles bovinos preparados (US$ 18,0 mi), leite em pó (US$ 17,6 mi), outros couros/peles bovinos curtidos (US$ 16,0 mi), algodão não cardado nem penteado (US$ 10,5 mi) e mel natural (US$ 7,9 mi). Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de aproximadamente US$ 414,4 milhões nas exportações do agro de maio.

A variação dos preços médios (US$/tonelada) foram as seguintes: mel natural (20,9%), outros couros/peles bovinos curtidos (20,7%), farelo de soja (11,2%), couros/peles bovinos preparados (9,0%), café verde (8,0%), carne bovina in natura (7,5%), algodão não cardado nem penteado (1,6%), leite em pó (-2,6%), celulose (-6,5%) e arroz (-19,8).

Os 10 principais produtos que comparativamente a maio de 2013 diminuíram as exportações e contribuíram negativamente para a meta foram: soja em grãos (queda de US$ 286,4 milhões), fumo não manufaturado (US$ 168,3 mi), açúcar de cana em bruto (US$ 162,6 mi), açúcar refinado (US$ 102,3 mi), carne de frango in natura (US$ 66,6 mi), suco de laranja (US$ 64,2 mi), milho (US$ 49,4), óleo de soja em bruto (US$ 27,7 mi), preparações para elaboração de bebidas (US$ 18,6 mi) e café solúvel (US$ 10,1 mi). Juntos estes produtos contribuíram para a redução nas exportações na ordem de US$ 956,2 milhões.

No cenário dos mercados de destino dos produtos do agro brasileiro, os países que mais cresceram suas importações foram: Estados Unidos (US$ 143,6 milhões a mais que em maio de 2013), Alemanha (US$ 112,3 mi), Turquia (US$ 92,9 mi), Venezuela (US$ 89,3 mi), Espanha (US$ 81,6 mi), Coréia do Sul (US$ 56,1 mi), Tailândia (US$ 49,4 mi) e Itália (US$ 45,3 mi).

O Brasil também perdeu vendas em alguns mercados, com destaque para China (US$ 540,6 milhões a menos que em maio de 2013), Países Baixos (US$ 215,3 mi), Bélgica (US$ 81,7 mi), Taiwan (US$ 67,7 mi), e Irã (US$ 65,9 mi).

Até este momento de 2014, o desempenho das exportações do agro não mostra sinais de crescimento em relação a 2013. Neste maio, viu-se a queda nas importações dos principais países importadores do Brasil em termos de importância financeira, principalmente da China que diminuiu suas importações em aproximadamente meio bilhão em relação a 2013. Mesmo assim, neste mês alguns dos países importantes para o Brasil aumentaram suas importações, como Estados Unidos.

Estamos esperançosos aguardando melhora nos preços de alguns dos principais produtos da pauta e no aumento dos volumes exportados, bem como na recuperação da China nas importações brasileiras. Somado a isso, ainda temos grãos armazenados, a safra de cana de açúcar já começou e temos um dólar no patamar dos R$ 2,30. Ainda dá para chegar nos US$ 100 bi.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Tratores agrícolas fabricados até julho não precisarão de registro

Foi publicada ontem (27/5), no Diário Oficial da União, a Medida Provisória 646, que torna obrigatórios o registro e o licenciamento de tratores agrícolas que transitem em via pública



No entanto, a exigência somente será aplicada àqueles fabricados após 1º de agosto de 2014. Não haverá necessidade de renovação periódica do licenciamento. Em alguns estados, como Minas Gerais, eles serão também isentos de IPVA.

A Medida determina ainda a obrigatoriedade de que, ao transitar em via pública, o trator agrícola seja conduzido por motorista habilitado na categoria B.

Para o coordenador da Assessoria Jurídica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Francisco Simões, a determinação traz avanço na medida em que regulamenta de vez uma situação que vinha sendo interpretada e conduzida diferentemente em cada cidade ou região. "Principalmente para o produtor rural, o ganho em segurança jurídica é muito importante. O texto foi muito acertado ainda ao especificar uma data a partir da qual os veículos fabricados estarão sujeitos à norma”, avalia.

Ele lembra ainda que nos estabelecimentos rurais, a condução de máquinas e implementos agrícolas exige que o condutor tenha capacitação.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

PAA: Agricultores familiares recebem R$ 9,1 milhões em maio

Recursos beneficiam mais de 8,6 mil famílias que forneceram produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos



O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) paga neste mês R$ 9,1 milhões a agricultores familiares que participam do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade de Compra com Doação Simultânea. Foram mais de 8,6 mil famílias que venderam sua produção, referentes a registros efetuados no sistema de gestão do programa (SISPAA), pelas prefeituras e governos estaduais, no período entre 17 de abril e 15 de maio.

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De acordo com Sany Spínola, coordenadora de Articulação Federativa para o Abastecimento Alimentar do MDS, além de incrementar a renda mensal das famílias, a venda dos produtos para o PAA representa um canal seguro de venda para os agricultores familiares. “O preço pago pelos produtos, é sempre o praticado no mercado local, em muitos casos, melhor do que o obtido na venda para outros canais de comercialização”, observa Spínola. Desde junho de 2013, quando o governo passou a fazer os pagamentos diretamente aos agricultores, o PAA já repassou R$ 81,3 milhões às famílias. Eles recebem diretamente em conta bancária.

Confira a quantidade de agricultores pagos no mês, por município: http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2014/maio/PAA-FolhaPagamento-22052014-municipios.pdf

A agilidade do pagamento é mais um fator de segurança para os agricultores. “O produtor tende a receber o pagamento num prazo que varia de 15 a 45 dias após a entrega do produto”, assinala a coordenadora. Os produtos adquiridos com recursos do governo federal são doados para escolas públicas, entidades pertencentes às redes socioassistenciais e equipamentos públicos, como restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Arroba do boi gordo apresenta queda no início da semana em São Paulo

Referência está em R$ 121,50, à vista, no Estado



O mercado do boi gordo iniciou a semana pressionado. Segundo a Scot Consultoria, em São Paulo, a referência para a arroba do animal terminado teve recuo e está em R$ 121,50, à vista. As escalas de abate no Estado estão completas, em sua maioria, até a próxima segunda, o que leva algumas indústrias a ofertarem R$ 118,00/@, à vista.

Outros frigoríficos estão fora das compras à espera de uma melhor definição do mercado.  A melhora na oferta de animais terminados, somada à piora na demanda por carne bovina, ocasionou este cenário no Estado. Houve recuos nos preços do boi gordo em outras 10 praças pecuárias. Para a vaca gorda, nove praças tiveram quedas.

Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a oferta de animais terminados teve ligeira melhora. No mercado atacadista de carne com osso, o ritmo de negócios é lento e  os preços, estáveis.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Agricultores do Semiárido aprendem a conviver com a estiagem

Os períodos de estiagem prolongada no Semiárido brasileiro provocaram durante décadas a perda de rebanhos e lavouras e também contribuíram para o aumento do êxodo rural


Essa realidade, no entanto, está em processo de mudança. Técnicas adequadas de manejo, além de acesso e estocagem de água, têm garantido a permanência de famílias que vivem da agricultura em suas terras.

A conservação de grãos para ração animal, a captação da água da chuva e a perfuração do solo para a implantação de cisternas e de poços artesianos são algumas das ações adotadas para garantir uma convivência melhor com o clima seco.

“Seca, nós nunca vamos conseguir viver sem. Tem é que produzir, cuidar dos animais [mesmo com a estiagem]”, diz a agricultora Francisca Carvalho, de 41 anos, conhecida como Kika. Ela vive desde 1999 em um assentamento na Chapada do Apodi, perto do município de Apodi, no Rio Grande do Norte. Cresceu na região e sempre conviveu com a estiagem.

“A seca de 1993 foi terrível. Meu pai tinha muita criação de caprinos e perdeu tudo. Uma roladeira [estrutura formada por latas com capacidade para 18 litros de água cada] de seis latas tinha que servir para uma família de seis pessoas. Tinha que dar para beber, tomar banho, cozinhar e dar para os animais”, lembra ela.

Segundo Francisca, a situação começou a melhorar um pouco depois da época em que ela foi assentada. Em 2000, o assentamento ganhou quatro cisternas de 16 mil litros cada. Hoje, de acordo com ela, dos 23 assentados, 12 têm poços em suas casas. Depois, algumas famílias também tiveram acesso à cisterna-enxurrada e à cisterna-calçadão, estruturas que captam água da chuva e têm capacidade para 52 mil litros.

Na cisterna-enxurrada, a água armazenada é para consumo humano. Na cisterna-calçadão, para irrigar a produção. A implantação das cisternas ocorreu com a ajuda da organização não governamental Articulação no Semiárido Brasileiro (Asa). A entidade, que recebe recursos do governo federal e de outros parceiros, fornece material e orientação para construir as estruturas.

O acesso a algumas técnicas também foi importante para ajudar Francisca e outros agricultores a enfrentar a seca. “Quando chegamos, tivemos várias capacitações do governo e de movimentos sociais”, diz ela, explicando que os assentados aprenderam a utilizar a técnica do silo, que consiste em armazenar o sorgo em um buraco na terra. Assim, a ração é conservada para a alimentação dos rebanhos.

“Recentemente [em 2010, 2012 e 2013] teve pouca chuva e a produção caiu, mas não perdemos rebanho. A gente conseguiu colher sorgo e fazer o silo”, diz Francisca, cuja família cria e planta para subsistência e eventualmente vende a produção excedente.

No caso do agricultor José Ivan Monteiro Lopes, de 34 anos, os poços artesianos foram o caminho para salvar a lavoura e manter o rebanho de gado. Ele perfurou dois poços no fim de 2012, um deles com recursos próprios e o outro com ajuda da organização não governamental Diaconia.

“A diferença [do poço artesiano em relação a outras soluções] é que ele chega a 40 metros de profundidade e tem muito mais água”, diz José Ivan, que vive em uma área rural perto da cidade de Tuparetama, em Pernambuco.

O agricultor conta que a forte estiagem em 2012 e 2013 o forçou a tomar a decisão de diminuir seu rebanho. De oito cabeças de gado, ele vendeu quatro com o intuito de ter menos animais para alimentar. Mesmo com as dificuldades, José Ivan acredita que a solução para os moradores do Semiárido é aprender a lidar com as particularidades da região. “[A seca] é um fenômeno natural, que ocorre em muitas partes do planeta. A gente não pode viver se mudando, de lugar em lugar.”

De acordo com dados divulgados pela Asa, o Semiárido abrange um território de 982,5 mil quilômetros quadrados. A área equivale a 18,2% do território nacional e a 53% da área do Nordeste. Seus moradores correspondem a 11% da população brasileira, o equivalente a 22,5 milhões de pessoas. Desse total, 14 milhões vivem na área urbana e 8,5 milhões são moradores da zona rural. Além disso, 1,5 milhão são agricultores familiares.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Pesquisador garante que pasto com lavoura pode aumentar lucratividade da produção de leite

Segundo pesquisador da Embrapa Trigo, durante o inverno cinco milhões de hectares ficam ociosos no Sul



Um dos mais conceituados pesquisadores em pecuária de leite do Sul do Brasil, Renato Serena Fontaneli, da Embrapa Trigo, ofereceu razões de sobra para convencer o produtor a fazer a integração entre lavoura e pecuária de leite. De olho nos benefícios econômicos, agronômicos e ecológicos, Fontaneli insistiu para que os produtores gaúchos pensem a respeito dos cinco milhões de hectares que ficam ociosos no inverno.

– No inverno, temos área de lavoura disponível para fazer pasto – diz Fontaneli

O pesquisador comparou a área cultivada no verão – aproximadamente seis milhões de hectares – com soja, arroz, feijão e sorgo, com a área cultivada no inverno – em torno de um milhão de hectares – com trigo, aveia branca, cevada, triticale e centeio.

– A atividade leiteira é árdua, complexa, mas permite renda. Temos de encarar essa atividade como “duas colheitas” por dia.

A integração lavoura-pecuária de leite, em um Estado de clima subtropical como o Rio Grande do Sul, abriria uma “janela de oportunidades” para diversificar e aprimorar os sistemas de produção de grãos e de pastagens, conservaria melhor o solo, reduziria a incidência de doenças e plantas daninhas, tornaria mais eficiente o uso das máquinas agrícolas e alargaria a margem de lucro do produtor.

– O problema do sistema intensivo é que ele acaba estreitando a margem de lucro – justifica Fontaneli, embasado na pesquisa realizada pela Embrapa sobre Leite a Pasto em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária.

– O pessoal fica com o pé atrás quando eu digo que a vaca que precisamos, a minha avó já conhecia. Genética nós temos, nós precisamos é de alimento – insiste Fontaneli.

Partindo do pressuposto de que não se pode dar qualquer coisa para as vacas comerem, a pesquisa feita pela Embrapa sugere o plantio e manejo de gramíneas e leguminosas forrageiras e cereais de inverno de duplo propósito – trigo e aveia.

Entre as espécies anuais de inverno, foram sugeridos trevos, aveia, azevém, com maior taxa de crescimento entre agosto e outubro. Entre as espécies perenes de inverno, poderia se pensar na festuca, trevo branco e cornichão, com crescimento entre setembro e novembro. Na lista das espécies perenes de verão, a Embrapa indicou tifton, quicuio, jesuíta, hermatria, com maior taxa de crescimento entre setembro e outubro.

– Dá para fazer muito dinheiro por área, o desafio é consorciar, fazer essa engenharia – assegura Fontaneli.

Nos Estados Unidos, quando concluiu o curso de doutorado há mais de dez anos, Fontaneli comparou a produção de leite de vacas em confinamento e tratadas no pasto. Segundo ele, nessa época uma vaca confinada produzia 30 litros diários. No pasto, a produção baixava para cinco litros. Entretanto, ele aponta que o custo do confinamento era US$ 4 vaca/dia e o custo do alimento no sistema a pasto, US$ 1 vaca/dia.

– Muito bem, perdi cinco litros de leite, mas entrou mais dinheiro no bolso, sobrou 10% a mais. Será que um bom pasto de inverno dá para fazer uma vaquinha produzir 15 litros de leite a pasto aqui? Dá. Com pasto de valor, a vaca come, por dia, 15 kg de matéria seca, logo irá produzir 15 litros de leite. Quanto me custou esse quilo de matéria seca? Dez centavos – calcula o pesquisador.

De acordo com pesquisador da Embrapa Trigo, é preciso tomar o cuidado de não apresentar modelos.

– Precisamos conhecer as opções e adaptá-las às condições locais. A cevada, por exemplo, tem alta energia líquida para lactação. No mundo inteiro, mais de 70% da cevada é usada na alimentação animal. No Brasil, é usada para cerveja.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Preço do suíno vivo aumenta 27% em relação a maio de 2013

Nos últimos dois anos, remuneração ao suinocultor foi baixa diante dos custos


Dois anos depois de perdas acumuladas, os suinocultores comemoram o bom preço pago pelo suíno vivo no Brasil. A alta no mês de maio foi de 27% em relação ao mesmo período do ano passado, e a exportação já supera a marca de 30 mil toneladas, com expectativa de que ultrapasse 50 mil toneladas até o fim do ano.

Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Eduardo Vargas, o verão de 2013 foi um dos responsáveis pela subida dos preços.

─ O verão foi bastante rigoroso, com a diminuição do cio das fêmeas e o número de leitões por fêmea, tendo assim uma diminuição na produção de carne – explica Vargas.

Outro fator que mexeu com o preço do mercado foi o comportamento atípico da Ucrânia. O país europeu, responsável por 20% das exportações suínas, deixou de comprar carne entre março e junho de 2013. No entanto, quando voltou a negociar com o Brasil, comprou o dobro do que o normal.

─ Naquele momento que voltamos a exportar para a Ucrânia já tínhamos transferido a produção da Ucrânia para outros países e tivemos um aumento de demanda com a mesma oferta, criando assim uma reação de preços – acrescenta o vice-presidente.

O setor chegou ao fim de 2013 sem estoques e, quando esperava uma diminuição do consumo, o aumento do preço da carne bovina fez o consumidor nacional migrar para a carne suína. Todos esses fatores combinados ajudam a explicar a alta do preço no mês de maio. Segundo analistas, o mercado agora está estável e deve permanecer até o fim do ano, o que é uma boa notícia para os produtores, já que os preços dos insumos permanecem altos.

Os custos com os insumos permanecem altos, mas segundo o analista, os preços remuneradores estão compensando para o produtor.

– Não existe um sinal de que o mercado suíno vá se desestabilizar, primeiro porque nós trabalhamos com a hipótese de que não vai haver embargo na carne suína. Pelo contrário, há possibilidade de que a gente consiga exportar mais volumes em função do problema de produção dos Estados Unidos. Se o mercado externo continuar se comportando bem como o esperado, o natural é esperar um ano bom em termos de preços, sem altos e baixos – explica o analista Cesar Castro Alves.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Cafeicultores da região das Matas de Minas querem renegociação de dívidas

Lideranças pedem três anos de carência, com 15 anos de parcelamento e descontos de 45% para quem renegociar



A constatação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária - IMEA- é possível "porque os resultados mostraram uma redução na intenção de se confirmar bovinos, já que em abril/13 a pesquisa indicava uma intenção de 809,55 mil cabeças e, este ano, é esperado um volume de 726,66 mil cabeças. As possíveis causas que levaram ao cenário de redução na intenção são oriundas de um conjunto de fatores, sendo o primeiro deles o custo da atividade, que se elevou acentuadamente de 2013 para 2014, puxado, principalmente, pela aquisição da boiada magra e pelos insumos alimentares".

O IMEA também chama atenção para o mercado futuro no segundo semestre, na bolsa, em São Paulo. "Não se encontram preços da arroba do boi gordo atrativos e, quando descontada a base histórica entre as duas praças, o cenário de preço torna-se pior. Com esse panorama, a premissa do planejamento para uma atividade de alta risco, que é o confinamento, parece estar sendo implementada, mostrando- se natural o resultado de abril passado".

terça-feira, 13 de maio de 2014

Carnes: Rússia habilita novos frigoríficos brasileiros

O serviço sanitário russo, o Rosselkhoznadzor, anunciou a habilitação de mais três plantas frigoríficas que podem exportar carnes para a Rússia



O serviço sanitário russo, o Rosselkhoznadzor, anunciou nesta segunda, dia 12, a habilitação de mais três plantas frigoríficas que podem exportar carnes para a Rússia. As plantas ficam nos Estados de Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina.

Foram habilitadas as compras de carne bovina do frigorífico de SIF 4507, da JBS, localizada em Mozarlândia, Goiás. Outro estabelecimento de carne bovina aprovado é de SIF 1751, do Marfrig, localizado em Tangará da Serra, em Mato Grosso. O serviço sanitário russo também aprovou uma planta processadora de suínos do frigorífico Pamplona, localizada em Rio do Sul, em Santa Catarina.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, disse à reportagem do Canal Rural que os russos estão aumentando a demanda pela carne brasileira para abastecer o mercado interno, pois em função da crise com a Ucrânia não estão comprando dos Estados Unidos e dos países europeus.

Turra disse os exportadores brasileiros querem aproveitar o momento atual de maior demanda pelo produto nacional para propor um acordo que garanta estabilidade nas exportações para a Rússia. Nos últimos anos as vendas para o mercado russo foram mercadas pelos sobressaltos provocados por sucessivas suspensões e habilitações de plantas frigoríficas.

Os exportadores brasileiros estão na expectativa que o acordo entre os dois países seja assinado sem julho pela presidente Dilma Rousseff, durante a visita ao Brasil do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Vale lembrar que em 2011 a Rússia suspendeu as importações de carnes do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, que estão sendo aos poucos estão sendo retomadas.

Suínos

O destaque é a habilitação das plantas processadoras de suínas, que até o ano passado tinha apenas três estabelecimentos aptos a exportar. Com a decisão anunciada nesta segunda, agora treze plantas estão habilitadas a exportar carne suína para o mercado russo. Nove autorizações foram anunciadas entre março e maio deste ano. Ao todo são 22 estabelecimentos credenciados pelo Rosselkhoznadzor.

O reflexo do maior número de plantas habilitadas é o aumento das exportações brasileiras de carne suína para o mercado russo, que no mês passado atingiram 13 mil toneladas, volume 27% superior ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do primeiro trimestre deste ano as exportações de carne suína para a Rússia ampliaram 11,4% ante igual período do ano passado e somaram 47 mil toneladas.

Segundo dados das indústrias, no ano passado o Brasil foi responsável por 23% das importações russas de carne suína. Na carne de aves a participação é de 5% e de bovinos atinge 30%. Os russos também ampliaram o número de estabelecimentos habilitados de carnes bovina e de aves.

No caso da carne bovina dos 58 estabelecimentos credenciados 24 estão habilitados para exportar para a Rússia. Na carne de frango existem 38 estabelecimentos credenciados e 12 habilitados pelo Rosselkhoznadzor.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Resultado do exame do caso da Vaca Louca em Mato Grosso é considerado inconclusivo

Devido a doença, dois países já embargaram a carne bovina brasileira



Foi classificado como "inconclusivo" o caso do Mal da Vaca Louca, em Porto Esperidião, município do sudodeste de Mato Grosso. O resultado da contraprova, feita no laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Weybridge, na Inglaterra, foi encaminhado nesta sexta, dia 9, ao governo brasileiro.

O resultado – segundo uma fonte – aponta que a amostra enviada à Inglaterra não possuía qualidade suficiente para um resultado totalmente seguro. Segundo a mesma fonte, o documento aponta que existe "indicativo de uma base atípica". Ainda não existe confirmação da disponibilidade de uma nova amostra do animal para a realização de um novo exame. Caso isso não seja possível, o resultado deve permanecer como inconclusivo.

O Ministério da Agricultura estava confiante que o resultado do exame traria a classificação de um caso atípico, conforme o teste realizado pelo Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco (Lanagro-PE). O principal argumento de defesa do governo para tentar manter o status de “risco insignificante” da OIE é de que o animal, de 12 anos, foi criado exclusivamente em sistema extensivo. 

Além disso, outros 49 bovinos que tiveram contato com a fêmea doente foram abatidos no dia 26 de abril e apresentaram resultado negativo para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), nome científica da doença. Ao todo, os animais renderão uma indenização de cerca de R$ 1,5 mil – cada – ao criador. Os recursos virão do Fundo Emergencial de Saúde Animal de Mato Grosso (FESA). O fundo, que é privado, recebe contribuições dos criadores no momento do abate.
 
Até a noite desta sexta, dia 9, dois países já embargaram a carne bovina brasileira. O governo peruano suspendeu por 180 dias as importações de carne bovina e derivados do Brasil. O segundo foi o Egito, que também suspendeu a importação por 180 dias, mas somente do Estado de Mato Grosso. Esses embargos devem ser seguidos por outros países, a exemplo do caso também atípico de vaca louca no Paraná em 2010. Quando o exame foi divulgado, em 2012, 16 países embargaram a carne brasileira. 
 
No ano passado o Peru ficou no 68º lugar entre os importadores de carne bovina brasileira, com destaque para as compras de miúdos. No ano passado as importações recuaram 80% em relação a 2012. A queda foi provocada pelas restrições impostas no início do ano passado, após a divulgação pelo governo brasileiro de um caso atípico de Vaca Louca que ocorreu no Paraná em 2010. O caso do Paraná, que foi comunicado em dezembro de 2012, provocou a suspensão das compras por 16 países, o que pode se repetir neste ano.

Em 2013, o Egito se posicionou como o 5º maior nas exportações brasileiras, totalizando US$ 437 milhões entre carne desossada, in natura, congelada e miúdos. Deste valor, US$ 116 milhões foram enviados pelas indústrias mato-grossenses. Das exportações brasileiras de carne bovina em 2013, Mato Grosso respondeu por 18%.

No final desta tarde, a assessoria do Ministério da Agricultura divulgou uma nota reforçando que, o resultado do exame indica se tratar de um caso atípido, apesar de não haver um diagnóstico conclusivo que possa ser usado para classificá-lo de forma inequívoca até o momento.

• Veja alguns trechos da nota:

“As informações observadas e o exame (immunopathology) não mostram nenhuma das características que apontariam para um caso clássico da enfermidade. Ao contrário, reforçam a consistência de um caso atípico.

A manifestação do laboratório corrobora com as investigações epidemiológicas desenvolvidas a campo de que se trata de um caso espontâneo e previsível, que não tem qualquer correlação com a ingestão de alimento contaminado, e que pode ser detectado em qualquer país do mundo que tenha um sistema de vigilância robusto e transparente como o do Brasil.

Todas as ações previstas em protocolos do Brasil e do exterior foram seguidos à risca, lembrando que tomamos ainda cuidados extras, como exames para EEB em 49 bovinos contemporâneos ao caso atípico em questão, que culminaram com resultados negativos, como era de se esperar.

As embaixadas brasileiras e o serviço veterinário oficial do Brasil já estão preparados para fornecer quaisquer esclarecimentos aos parceiros comerciais que os solicitem ou que eventualmente criem restrições comerciais temporárias”.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Uso correto de suplementação pode dobrar o rendimento do gado no pasto

Pesquisas apontam que para cada R$ 1 investido na compra de um bom suplemento geram retorno de, no mínimo, R$ 2



Na últimas décadas o pecuarista brasileiro viu a suplementação passar do básico sal branco para produtos mais ricos em minerais e até em aditivos que estimulam o ganho de peso. São produtos elaborados respeitando as necessidades de cada categoria animal e que podem ser fornecidos o ano todo. Mas muita gente ainda não utiliza os suplementos da forma correta.

Segundo especialistas em nutrição animal, por melhor que seja, o capim não fornece tudo o que o animal precisa. O pecuarista Rodrigo Agustini, do município de Alta Floresta, no norte de Mato Grosso, já percebeu isso.

– Um dia que eles ficam sem mineral no cocho é visível, aparece a costela. Sem isso eles não ficam lisos, com a costela sem aparecer, o vazio bem preenchido.E se ficar um dia sem, no outro dia você já nota isso – diz o pecuarista.

O zootecnista Thiago Prado explica que existe um desequilíbrio de minerais nas pastagens, com carência principalmente de fósforo, por uma série de fatores. Entre eles, a fertilidade e a acidez do solo, a adubação e a época do ano. Somando macros e micros, são mais de 10 minerais essenciais para a composição da carne, da gordura, do leite e também para a reprodução e para o crescimento ósseo. Os minerais ajudam ainda a melhorar o sistema imunológico dos animais, deixando o gado mais resistente a doenças como pneumonia e diarreia.

A suplementação animal evoluiu muito de 1950 para cá. Há cinco décadas o comum nas fazendas era ter nos cochos apenas o sal branco, que contém somente cloro e sódio. Hoje, os pecuaristas contam com uma diversidade de produtos nos segmentos de minerais e proteinados. São suplementos que prometem acelerar o ganho de peso do gado.

O sal branco tornou-se um simples ingrediente para atrair o animal e regular o consumo. Atualmente, um bom produto não contém mais do que 35% de sal. A evolução começou quando foram adicionados os outros 65% de minerais. Cálcio, fósforo, sódio, magnésio, enxofre, cobre, zinco, iodo, selênio e outros. Hoje o mercado já oferece produtos com proteína e energia, que além de sal e minerais têm também milho, ureia e alguns até farelo de soja, formando uma espécie de ração super enriquecida.

– É um produto para usar como ferramenta estratégica na fazenda. Ele acelera a fase de acabamento, dá gordura e ajuda a aumentar o rendimento da carcaçano frigorífico – epxlica o gerente de vendas da empresa Fortuna, João Henrique Orfaneli.

Custos e vantagens

Rodrigo Agustini, o advogado e contador que abandonou o terno e decidiu investir em pecuária, está praticamente eliminando a recria na fazenda dele. Os animais chegam na propriedade com 10 meses de idade e, com mais 10 meses de engorda, são abatidos com 17 arrobas.

– Hoje nós temos que intensificar, aumentar a quantidade e diminuir tempo. Diminuindo o tempo, aumentando a quantidade, a gente consegue diluir o custo fixo da fazenda. É a forma que você vai ter de melhorar a adubação, pagar a pastagem e diluir todos os seus custos. Mais rentabilidade significa menos tempo e mais boi na mesma área. Em 2012 nós produzimos 22 arrobas por hectare aqui e no ano passado nós produzimos 40. Queremos ver se em mais dois ou três anos a gente consegue chegar em 50 arrobas por hectare aqui – diz o pecuarista Rodrigo Agustini.

Os suplementos proteicos e energéticos variam muito de acordo com a categoria do animal. Há um produto para cada fase do rebanho e para ser usado o ano todo. A evolução não termina aí. Muitos produtos já contam com os chamados aditivos químicos ou biológicos, que são moléculas que promovem o crescimento e melhoram a eficiência alimentar.

– Um pasto verde, com folhas em abundância e suplemento de baixa qualidade pode dar um desempenho de 400 gramas na época das chuvas, o que é insatisfatório para o sistema. Quando aumenta a concentração de minerais esse desempenho vai para 500, 600 gramas. Quando você ainda incorpora aditivos melhoradores de desempenho esse suplemento vai dar aí desempenho de 700, até 800 gramas em alguns casos – explica o zootecnista Thiago Prado.

Pesquisas apontam que para cada R$ 1 investido na compra de um bom suplemento, o retorno é de, no mínimo, R$ 2. Mas, apesar dos resultados prometidos pela suplementação mineral, proteica e energética, estima-se que apenas 50% do rebanho brasileiro sejam suplementados corretamente. E boa parte, usa só na época da seca. De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), o volume de vendas desses produtos cai em 30% no período chuvoso.

– O valor que produtor investe em suplemento de baixa qualidade por animal/dia é em torno de R$ 0,10 por cabeça/dia. Um suplemento de alta qualidade sobe esse valor para R$ 0,13 por cabeça/dia. E quando eu incorporo ainda o aditivo melhorador de desempenho, passa para R$ 0,14 ou R$ 0,15 por cabeça/dia. Isso quer dizer que o investimento não aumenta tanto, mas o desempenho aumenta muito. O desempenho sai de 400 gramas dia e vai até 700 gramas cabeça dia. É uma diferença extremamente satisfatória e considerável – explica o zootecnista Thiago Prado.

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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Valor pago ao produtor de leite em São Paulo deve ter alta nos próximos meses

Segundo analistas, alta deve se manter até junho, mas pode haver queda no segundo semestre



Depois de cinco meses de preços complicados, o valor pago pelo litro do leite em São Paulo, que normalmente aumenta na entressafra, se manteve em queda até o fim de abril, quando o preço chegou a R$ 0,96 centavos. Segundo analistas, a recuperação do setor deve se manter pelo menos nos próximos dois meses. 

Segundo o produtor rural, José Dini, a estiagem que começou em novembro de 2013 limitou o trato com os animais e obrigou pecuaristas a comprarem ração e farelo. Com isso, os custos de produção aumentaram, além da elevação na energia elétrica.

–  O custo ficou mais alto. Sobe tudo e o leite baixa. A gente fica sem opção nenhuma de trabalho – lamenta o produtor.

De acordo com o analista de mercado, Daniel Bedoya, a esperança estava concentrada na virada do ano, período da entressafra, quando diminui a oferta e aumenta o preço. Mas, o que estava ruim, ficou ainda pior.

– Em janeiro a gente teve uma queda de preços pelo excesso da produção oriunda do ano passado. Decorrente de um maior área investimento na atividade e de chuvas regulares no final do ano. Com isso, se criou um estoque muito grande nas indústrias, empurrou o preço pra baixo até janeiro e fevereiro, numa época comum de recuperação dos preços. Se a gente acompanhar a média histórica, sempre tem uma queda do preço em novembro e dezembro para o leite pago ao produtor, e começa a recuperar janeiro e fevereiro. Este ano foi diferente devido ao excesso de produção – explica o analista.

Segundo levantamento mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a alta foi de 6,16% no mês de abril em relação a março, e deve se manter assim pelo menos até junho. De acordo com Bedoya, o perigo para os produtores está no segundo semestre, quandio o preço pode cair novamente.

– As indústrias já estavam se preparando com a elevação dos preços do derivado. Nas gôndolas de supermercados, por exemplo, para suprir esta entressafra. Aconteceu que os preços foram tão elevados num nível que o consumidor não conseguiu absorver ou não quis absorver e isto está influenciando o mercado. É de se esperar que o próximo mês tenha uma ligeira alta e daqui a dois meses alguns colaboradores afirmam queda – conclui. 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Conab realiza quatro operações de venda de milho na próxima semana

Mais quatro operações de venda de milho serão realizadas nos próximos dias 29 e 30 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)


No dia 29 serão ofertadas, por meio de venda normal, 171 t da safra 2009/2010 e 25.000 da safra 2012/2013. O produto é em grãos e a granel, oriundo de Minas Gerais (MG) e de Mato Grosso (MT), respectivamente.

Já no dia 30 deste mês, a Conab fará dois leilões de Valor para Escoamento de Produto (VEP), nos quais irá oferecer 24.999 t de milho, com origem no Mato Grosso (MT). Essas operações atendem à Portaria Interministerial Nº 222, de 13 de março de 2014 que autoriza a comercialização, ao longo de 2014, de até 500 mil toneladas de milho para criadores de animais da região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene): Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e, parcialmente, os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Tanto a venda normal quanto o VEP praticam preço de mercado. Na venda normal não há um local determinado onde o produto deve ser entregue pelos arrematantes e não há especificação de um segmento que possa participar da operação. Já nas operações de VEP, a Conab paga uma subvenção aos arrematantes desde que comprovem o escoamento do produto para um local determinado, que necessita ser abastecido com o grão.

Outra diferença é que o VEP se destina a públicos específicos – nesse caso, a criadores de aves, suínos, bovinos, ovinos, caprinos e suas respectivas cooperativas, situadas nas regiões definidas nos avisos.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Rio Grande do Sul tem alta recorde para preço do boi gordo

Média da cotação teve aumento em todo o país



Os pecuaristas gaúchos estão ganhando em média R$ 0,80 a mais pelo quilo da carne em comparação aos ganhos obtidos em 2013. Este ano, a média do preço do boi gordo teve aumento em todo o país, mas no Rio Grande do Sul a alta é recorde.

Em São Francisco de Paula, na Serra Gaúcha, criadores das raças Angus e Braford comemoram o bom momento nos negócios. Em 2013, Manoel Teixeira vendia o quilo da carne a R$ 3,70. Este ano, foi para R$ 4,50. De acordo com o pecuarista, a baixa oferta de carne é o que tem favorecido.

– Quanto menor a oferta, melhor o preço. Nós tivemos dois meses de praia, que houve um consumo bastante significativo. Na nossa região, nessa época, nós temos poucas lavouras, então a nossa oferta reduz bastante. Agora, nós começamos a plantar as lavouras, daqui a dois meses vamos estar com as lavouras lotadas de gado, e aí a oferta vai ser significativa – explica Teixeira.

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São Francisco de Paula (RS) é o 17º município em número de cabeças de gado no Rio Grande do Sul, com 150 mil cabeças. As feiras de terneiros que ocorrem anualmente na cidade, e as características da região, também contribuem para a valorização da carne.

Segundo o analista Fábio Medeiros, a alta ainda está acontecendo e será favorecida pela redução na oferta e aumento de demanda.

– O consumo está forte, especialmente pelo ciclo da pecuária, onde nos últimos anos se abateram muitas vacas para expandir a área de soja, que se tornou um negócio de oportunidade. Isso empurrou as cotações a escalas bem reduzidas – comenta Medeiros.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Clube da Irrigação encerra Tour Amarelo com picos de produtividade de 106 sacas de soja por hectare

Média foi de 80 sacas por hectare em propriedade do Rio Grande do Sul. Coordenador do projeto acredita em alcance de 120 sacas/ha em algumas lavouras



O último dia de Campo do Clube da Irrigação, o Tour Amarelo – Soja, reuniu mais de 80 produtores em Cachoeira do Sul, na Região Central do Rio Grande do Sul, na terça, dia 8. O evento aconteceu na propriedade de Udo Strobel, onde a produtividade da oleaginosa alcançou picos de 106 sacas por hectare, com média de 75 sacas/ha. O coordenador do Clube, João Telles, acredita, no entanto, que em algumas lavouras a produtividade chegue a 120 sacas por hectare.

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– Com o milho atingimos o objetivo, que era 300 sacas por hectare. Quanto à soja, acredito que teremos picos, em algumas lavouras, de 120 sacas por hectare. Claro, vamos deixar claro que não é média, são picos. Se, com pivô, conseguimos 120 sacas é porque nós podemos correr atrás, para tornar as áreas altamente produtivas. Na média, trabalhamos entre 75 a 80 sacas por hectare. 

Além de conhecerem os resultados obtidos nas lavouras de soja e milho das áreas manejadas pelo clube, os produtores rurais da Região Central do Estado tiveram a oportunidade de conhecer as tecnologias recomendadas, tanto para as culturas principais como para as coberturas de inverno nas lavouras assistidas. Para o próximo ano-safra, o clube pretende consolidar os números e aumentar a área com alta produtividade.

– Estamos pensando em uma média de 90 sacas por hectare onde os pivôs estiverem. É para isso que estamos trabalhando. As empresas estão imbuídas nesse objetivo, de irmos a campo juntamente com a pesquisa e levar essas ferramentas aos nossos produtores – acrescenta Telles. 

Responsável pela parte da pesquisa, o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Telmo Amado, explica que as intervenções e o manejo nas quatro propriedades assistidas são feitos o ano todo, e que isso foi fundamental para o resultado final.

– Trabalhamos de forma sistêmica, olhamos o conjunto de todas as práticas, temos um rígido controle. Esse material genético tem um potencial genético extraordinário. 

As práticas visam barrar a manifestação de fatores limitantes nas lavouras. De acordo com o professor, o que mais preocupa são as lagartas, por competirem de forma direta com as plantas.

– A ocorrência de invasoras é um fator que atrapalha nossa produtividade, por vários fatores, há competição por luz, por água. Estamos muito preocupados com a questão da água, embora agora o clima esteja para chuva, tivemos um déficit hídrico, e isso tem se repetido aqui no Sul. É importante termos estratégia para que não tenhamos competição ou o mínimo possível de competição – acrescenta Telmo Amado.

O Clube da Irrigação foi idealizado em 2010 e é fruto de uma parceria entre Sistema Farsul, Universidade Federal de Santa Maria e as empresas Stara, Fockink, Dekalb, Mosaic, Intacta RR2 PRO e Sistema Roundup Ready Plus. O objetivo das atividades é integrar tecnologias para o aumento da eficiência do campo, reunindo empresas e produtores para buscar grande produtividade em áreas irrigadas.

Safra 2013/2014

Pejuçara (RS) recebeu em janeiro o Tour Verde – Soja, onde produtores rurais puderam conhecer o trabalho do Clube da Irrigação, que busca aumentar a produtividade das lavouras de soja gaúchas.

Em fevereiro o Tour Amarelo – Milho passou pela cidade de Seberi (RS). O evento acompanhou a colheita do milho e os produtores receberam orientações sobre manejo integrado de pragas e plantas daninhas.