quinta-feira, 28 de março de 2013

Brasil avança para obter status internacional de país livre de aftosa

A Bahia e Sergipe são os únicos estados nordestinos reconhecidos como zonas livres da aftosa, até o momento



Com todo trabalho de estruturação feito ao longo dos últimos anos e investimentos de R$ 34,8 milhões nos dois últimos anos em sete estados da região Nordeste e no Pará para erradicação da febre aftosa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prevê que até maio deste ano essas áreas sejam reconhecidas nacionalmente como livres da doença. A expectativa é que haja também o reconhecimento desse status pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2014.

Para isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa), juntamente com os serviços veterinários oficiais dos estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte precisou intensificar as ações de estruturação e vigilância a partir de 2008. A Bahia e Sergipe são os únicos estados nordestinos reconhecidos como zonas livres da aftosa, até o momento.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques, uma das exigências para obter o certificado da OIE é que os estados brasileiros passem por uma metodologia de amostragem. “É feita inspeção clinica e colheita sorológica em uma grande parte dos animais dessa região para avaliar a ausência da circulação viral”, disse. Desde o segundo semestre de 2012, foram monitoradas mais de 1,7 mil propriedades rurais e amostrados mais de 71 mil animais, selecionadas aleatoriamente, levando em consideração critérios científicos reconhecidos internacionalmente. O estudo está previsto para encerrar no início do mês de maio.

No Brasil, 89% do rebanho de bovinos e bubalinos, ou 185 milhões de cabeças, está em zona livre de febre aftosa, que representa 60% do território nacional. Com a possibilidade de inclusão de mais 22 milhões de animais nos oito estados em análise, o percentual passaria a ser de 99%. Após esse processo, faltará apenas os estados do Amapá e Roraima e parte do estado do Amazonas serem reconhecidos como livre de febre aftosa. “O Ministério da Agricultura vem trabalhando há anos para que o País tenha o maior rebanho do mundo livre da doença. Com esses avanços, seguramente vários mercados ainda inacessíveis serão abertos”, destacou o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques.

Um importante passo foi dado nesta terça-feira, 26 de março, no avanço às ações de reconhecimento do país como livre da doença. Autoridades e técnicos do Ministério da Agricultura em Brasília e de sete estados do Nordeste e do Pará estiveram reunidos para avaliar os trabalhos realizados em 2012 e definir o cronograma de atividades para finalizar os trabalhos. O Mapa pretende enviar um relatório à OIE até julho deste ano, mas solicitou às autoridades estaduais que seja finalizada a implementação das medidas estruturais e técnicas indicadas para fortalecimento dos serviços veterinários oficiais da região, que dependem dos governos estaduais.

As iniciativas brasileiras de combate à aftosa vêm sendo implementadas de forma organizada desde a década de 1960. Em 1992, o Governo Federal lançou o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que tem como objetivo principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença. A primeira zona livre foi conquistada em 1998. A execução do programa é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial e tem a participação do setor privado.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Brasil deve pedir à OIE alteração de status para zona livre de febre aftosa com vacinação

Governo quer submeter pedido referente aos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Pará



Representantes do Ministério da Agricultura e de oito Estados discutiram nesta terça, dia 26, em Brasília (DF), a possível atualização do status sanitário do Brasil para zona livre de febre aftosa com vacinação. O governo federal quer submeter, ainda neste ano, o pedido à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), referente a Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Pará.

Diversas ações estão sendos realizadas pelos governos federal, estadual e municipal para buscar esse reconhecimento. A mudança alcançaria mais de 22 milhões de bovinos. Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba ainda precisam de ajustes para agilizar as auditorias e exames epidemiológicos nos animais. O objetivo é que, em maio, os trabalhos estejam concluídos para que, em julho, sejam enviados à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O reconhecimento internacional credencia a carne brasileira a aumentar as vendas, tanto no mercado interno quanto no externo. O Nordeste do país conta com um atrativo: a localização oferece frete mais barato às indústrias que pensam em investir no local. Em um mês, o governo espera ter a certeza de que os oito Estados não possuem circulação viral no rebanho.

– Até o momento, os resultados são satisfatórios, o que nos leva a crer que teremos resultados bastante positivos em maio, que permitirão agregarmos esses 22 milhões de animais na atual área livre de febre aftosa no Brasil, que já detém 185 milhões de bovinos – destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques.

O Estado do Maranhão já comemora oito anos sem registro de foco da doença.

– Nós temos sete milhões de cabeças. Estamos no segundo lugar do Nordeste, só atrás da Bahia. Todas as medidas estão sendo providenciadas de acordo com as exigências da OIE – aponta o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado, José Hilton de Souza.

No Ceará, o processo é um pouco mais lento. O secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado, José Nelson Martins de Souza, afirma que a primeira e a segunda colheita do soro e sangue já foram concluídas. Ele aponta que, em breve, o Ceará deverá estar no mesmo nível dos demais Estados.

Se tudo ocorrer dentro do previsto, o governo federal espera receber o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa com vacinação para essas regiões em maio de 2014.

terça-feira, 26 de março de 2013

Abras e MPF assinam cooperação técnica por pecuária sustentável

Objetivo é evitar que supermercados comprem carne bovina de fazendas localizadas em áreas desmatadas da Amazônia ou com irregularidades ambientais e sociais


A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e o Ministério Público Federal (MPF) assinaram na segunda, dia 25, um termo de cooperação técnica pela pecuária sustentável. Segundo o MPF, o objetivo do acordo é evitar que os supermercados brasileiros comprem carne bovina de fazendas localizadas em áreas desmatadas na Amazônia ou regiões nas quais tenham sido constatadas outras irregularidades ambientais e sociais, como invasão de terras públicas e trabalho escravo.

A Abras se comprometeu junto ao MPF a incentivar os supermercados a divulgar nos pontos de venda a origem da carne bovina e suas ações e de parceiros para o aprimoramento da cadeia produtiva. A entidade também irá publicar nos seus meios de comunicação (site e revista) a relação de produtores (frigoríficos e fazendas) que são parceiros do MPF, a lista restritiva organizada pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente e os nomes das cidades que participam do programa Municípios Verdes, implantado no Pará.

Na cerimônia de assinatura do acordo, o presidente da Abras, Fernando Yamada, entregou aos procuradores a primeira versão do plano de ação da associação, que contém sugestões de práticas a serem implantadas pelos supermercados em pontos de venda e nas bandejas de carne. O procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do Grupo de Trabalho Amazônia Legal, afirmou que a partir de atitudes concretas "o MPF espera que o consumidor brasileiro e as empresas representadas pela Abras se engajem em um esforço pela preservação do meio ambiente".

segunda-feira, 4 de março de 2013

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Consumo de carne sem fiscalização pode ser prejudicial à saúde

Produtos obtidos a partir de abate clandestino podem ser vetores de doenças e infecções alimentares

 

 O consumo de carne de animais abatidos sem higiene e expostos à sujeira pode acarretar diversos problemas de saúde. Por isso, é importante saber a procedência dos produtos na hora de comprá-los. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alerta para este tipo de produto, especialmente se adquiridos na rua ou em estabelecimentos duvidosos.

Além dos riscos de contaminação durante o processo de abate e transporte, o armazenamento e o preparo deste alimento podem fazer a diferença para a saúde do consumidor.

O risco maior é a toxinfecção alimentar, que pode levar à morte. Mas existem outras doenças que são transmitidas dos animais aos seres humanos, causando uma série de problemas.

O Mapa indica a compra do produto bem embalado, refrigerado e, principalmente, com o selo Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, que atesta a qualidade, bem como do Organismo Estadual (SIE) ou Municipal (SIM) correspondente.

Como evitar irregularidades

A principal dica é prestar atenção na procedência do alimento. O consumidor nunca deve adquirir um produto de origem duvidosa, no caso, clandestino, sob pena de ter graves problemas de saúde. Os produtos obtidos a partir do abate clandestino, por exemplo, sem a devida inspeção veterinária oficial, podem ser vetores de doenças e infecções alimentares. As chamadas zoonoses (doenças de homens e animais) e a contaminação das carnes somente poderão ser identificadas e descartadas mediante a inspeção de médico veterinário capacitado. Ambas podem provocar uma série de prejuízos à saúde dos consumidores, entre estes estão: tuberculose, brucelose e cisticercose, além das infecções e intoxicações alimentares, causadas por microorganismos que contaminam os produtos de origem animal, cujos sinais variam de diarreias, dores abdominais, febre, abortos e até mesmo demência, confusão mental e óbito.

Se identificado o produto no comércio, sem inspeção, a denúncia deve ser feita na Vigilância Sanitária do município. No procedimento de investigação pelos órgãos de controle sanitários, o assunto poderá ser remetido à Polícia, tendo em vista que muita carne clandestina é proveniente do roubo de cargas no país.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Especialistas alertam produtores capixabas para a Anemia Infecciosa Equina

Um inimigo rápido e silencioso, a Anemia Infecciosa Equina tem chamado a atenção de produtores e órgãos competentes para o grande número de animais infectados no rebanho equídeo capixaba

Além de se manter assintomática até o último estágio, a doença não possui cura ou tratamento. Em 2012, foram 356 animais diagnosticados como positivos em 17 municípios do Espírito Santo.

A transmissão é feita, principalmente, por insetos que se alimentam de sangue, como mutucas e a mosca da palha-de-café. Além disso, os animais podem ser infectados por meio de equipamentos contaminados em contato com o sangue do equídeo, pelo leite, transmissão intrauterina e sêmen.

O Idaf (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo) realizou 19.377 exames para identificação da doença e alerta para a necessidade de iniciativa de produtores a disponibilizar os rebanhos para análise. O aconselhado é que o criador realize o exame a cada seis meses.

Combate

O combate à manifestação da doença é um trabalho de parceria entre técnicos e produtores. Para evitar a manifestação da doença os animais devem ser mantidos em locais bem drenados, longe de pântanos ou brejos que facilitam a proliferação de mosquitos. Para animais participantes de qualquer evento de concentração, solicite ao Idaf o GTA (Guia de Transporte Animal) e certifique-se de que o equídeo não entrará em contato com animais infectados.

Alerta

O médico veterinário e coordenador de Sanidade Animal da Faes, Antonio Carlos de Souza, alerta para a gravidade do aumento do número de casos no Espírito Santo. “O rebanho equídeo hoje é de grande expressão econômica no Estado. O Idaf tem realizado um trabalho muito bom em combate à doença, mas há a necessidade de um projeto concreto para que possamos saber com precisão dados como incidência, prevalência e proporção geográfica da doença”, diz Antonio Carlos de Souza.

A Faes hoje já estuda a possibilidade de formação de um projeto de prevenção semelhante ao Projeto Brucelose, em andamento desde 2010. “Nós já construímos planos de sucesso junto ao Idaf, Senar, sindicatos rurais e outras entidades parceiras. E estamos estudando, em conjunto, medidas estratégicas para manter a sanidade animal do nosso Estado”, declara o presidente da Faes, Julio da Silva Rocha Júnior.