quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Abate de bovinos atinge número recorde no terceiro trimestre de 2012

De julho a setembro, foram abatidas 8,027 milhões de cabeças de gado no país, segundo levantamento do IBGE



O abate de bovinos no terceiro trimestre de 2012 atingiu a marca recorde de 8,027 milhões de cabeças – número mais alto na série histórica do abate de bovinos, que começou a ser divulgada em 1997, superando o patamar alcançado no primeiro trimestre de 2007 (7,957 milhões de cabeças abatidas). Esse valor foi 5% maior que o registrado no trimestre imediatamente anterior e 10,2% superior ao registrado no mesmo período de 2011. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O peso acumulado de carcaças também recorde, alcançando 1,911 milhão de toneladas de julho a setembro deste ano. O volume foi 6,2% maior que o registrado no trimestre anterior e 9,7% superior ao registrado no mesmo período de 2011. O valor mais alto na série histórica do peso acumulado de carcaças de bovinos, desde quando a Pesquisa Trimestral de Abate de Animais foi criada, em 1997, havia sido alcançado no segundo trimestre de 2010, com a marca de 1,828 milhões de toneladas.

Algumas razões colaboraram para os recordes, como a redução dos preços da carne bovina e o aumento das exportações. As carnes apresentaram deflação média de 4,1% de janeiro a setembro de 2012 (IPCA), enquanto subiram os preços da carne de porco (2,05%), pescados (6,34%) e aves e ovos (6,03%), seus principais. Já a exportação de carne in natura, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), registrou, na passagem do segundo para o terceiro trimestre, crescimento de 16,9%.

Os países que mais importaram carne bovina in natura brasileira foram a Rússia (26%), Egito (17%), Irã (14%), Hong Kong (9%), Chile (6%), Venezuela (5%) e Arábia Saudita (3%). Os Estados de São Paulo (27%), Mato Grosso (18%), Goiás (16%), Mato Grosso do Sul (11%), Rondônia (9%) e Minas Gerais (7%) participaram com 90% do volume exportado no terceiro trimestre de 2012.

Na comparação dos terceiros trimestres 2011/2012, a região Nordeste foi a única que apresentou decréscimo no abate de bovinos, influenciado, sobretudo, pela redução de 26,8% do abate de bovinos em Pernambuco. O Centro-Oeste respondeu por 38,6% do abate nacional, com incremento de 14,5% frente ao terceiro trimestre de 2011; a região Sudeste, por 20,8%, com incremento de 12,7%; o Norte, por 18,7%, com incremento de 3%; e o Sul, por 11,9%, com incremento de 14,8%.

Aquisição de leite é 5,6% maior do que a do segundo trimestre de 2012

Segundo dados do IBGE, a aquisição de leite cru no terceiro trimestre de 2012 correspondeu a 5,526 bilhões de litros, indicando aumentos de captação, tanto com relação ao terceiro trimestre de 2011 (3,5%), quanto com relação ao segundo trimestre deste ano (5,6%). Minas Gerais é o Estado que mais adquiriu leite, representando 23,4% do total. Na sequência, destacam-se o Rio Grande do Sul (17,8%), Paraná (12,1%) e São Paulo (10,6%).

Aquisição de couro fica estável em relação ao segundo trimestre de 2012

Os curtumes adquiriram 9,02 milhões de peças inteiras de bovinos de julho a setembro de 2012, segundo a Pesquisa Trimestral do Couro. O número indica aumento de 6% na aquisição do produto, com relação ao mesmo período de 2011, e estabilidade em relação ao segundo trimestre de 2012.

No total, foram curtidas 9,046 milhões de peças do produto – o que supõe o uso de estoques acumulados em períodos anteriores ou a existência de compra externa do produto (a partir de 2012, a pesquisa passou a investigar somente o couro de origem nacional).

Em termos regionais, a aquisição total de couro encontrou-se assim localizada: Centro-Oeste (40,1%), Sul (19,9%), Sudeste (17,4%), Norte (16,5%) e Nordeste (6,2%).

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Governo desconhece possível embargo de carnes pela Rússia

Identificação da proteína príon, responsável pela "doença da vaca louca", em animal que teve morte súbita em 2010 no Paraná gerou temor entre exportadores

Nada justifica possível restrição à carne do Brasil, diz Abrafrigo



O Ministério da Agricultura informou nesta terça, dia 11, que não comentará notícias sobre uma possível suspensão das compras de carne bovina pela Rússia em função de temores quanto à identificação do agente causador da enfermidade Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como "doença da vaca louca", porque não recebeu qualquer informação oficial do governo russo em relação ao assunto.

O Ministério da Agricultura se revelou otimista quanto à confirmação da retirada do embargo sobre as importações de carnes de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, imposto pela Rússia em junho de 2011. O assunto será discutido na quarta, dia 12, pelo secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, em reunião em Moscou com diretor do serviço de defesa agropecuária russo, o Rosselkhoznadzor, Sergey Dankvert.

Célio Porto aproveita o encontro para preparar a visita da delegação brasileira à Rússia, para dar as explicações sobre os procedimentos adotados pelo serviço de defesa agropecuário brasileiro na identificação do agente causador EEB em vaca que teve morte súbita em dezembro de 2010 em Sertanópolis, no Paraná. O governo brasileiro diz que se trata de caso não clássico, pois o animal não morreu por ser portador da doença e lembra que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi comunicada e manteve o status do Brasil de risco insignificante em relação à doença.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Percentual de embalagens de agrotóxicos com destinação adequada aumenta 8% em 2012

Mais de 34,6 mil toneladas de embalagens tiveram destinação correta


Mais de 34,6 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos usadas nas propriedades rurais do país, entre janeiro e novembro deste ano, foram tratadas adequadamente e até reaproveitadas. O volume é 8% maior do que o levantado pelo Sistema Campo Limpo, no mesmo período de 2011.

— Isso mostra que o sistema atingiu a maturidade e se tornou uma rotina na cadeia de produção — avaliou João Cesar Rando, presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), formado por 95 empresas e 10 instituições de outros segmentos.

O Brasil é um dos líderes dessa cadeia de reciclagem e, segundo dados da entidade, 80% do volume total de embalagens colocadas no mercado são recolhidos e tratados adequadamente. Ainda assim, o sistema não alcança todo o país.

Desde que a logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos se tornou obrigatória – há 10 anos – agricultores, fabricantes e comerciantes se organizaram para atender às novas regras. Pelo sistema, cada agente da cadeia produtiva assume algumas responsabilidades para cumprir as determinações previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Enquanto os consumidores se comprometem a devolver as embalagens após o uso dos defensivos, o comércio fica obrigado a receber e armazenar essas embalagens. As indústrias têm o compromisso de tratar o material e transformar as embalagens em novas ou em outros produtos como conduítes (tubos de ferro ou plástico) usados na construção civil.

— Há um crescimento do mercado agrícola, com mais produção e maior uso de tecnologia, com isso está aumentando o volume de embalagens pós consumo — explicou Rando, ao destacar que o volume totalizado nos 11 meses deste ano mostra que o agricultor das regiões produtoras tem respondido proporcionalmente ao incremento da atividade.

Rando explica que as unidades de recebimento e o processo de recolhimento e transformação estão concentradas nas regiões onde a agricultura é mais intensa, mas reconhece que é preciso ampliar as medidas para outros estados, com modelos diferenciados.

— Estamos na fase de sintonia fina. Em alguns estados, onde a agricultura é menos expressiva, há sempre um trabalho de melhoria a se fazer para buscar um comprometimento maior dos agricultores e revendedores — disse.

Segundo ele, as empresas têm estudado alguns modelos para que a cadeia de reciclagem de embalagens chegue a essas regiões, como muitos estados da Amazônia brasileira.

— Não há regiões que tenham problemas tão sérios que precisem ser priorizadas, mas (atuamos) onde podemos criar mecanismos que ajudem a melhorar o índice de retirada dessas embalagens do campo, que pode se tornar até um problema de saúde pública — acrescentou.

A tendência é que os fabricantes estabeleçam uma espécie de calendário para essas regiões, definindo um período fixo para o recolhimento dos resíduos.

— Isso atenderia a regiões de horticulturas, por exemplo, que, geralmente, estão mais afastadas — explicou.

A intenção dos responsáveis pela logística reversa é estimular o envolvimento desses produtores menos habituados à prática a partir de campanhas educativas.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A nova carne brasileira

País intensifica produção de alimento de qualidade; Paraná é um dos adeptos do novo modelo de se fazer pecuária


Conseguir um acréscimo no preço da arroba do boi na hora da venda para o frigorífico é o sonho de todo e qualquer pecuarista. Isso já é uma realidade para muitos produtores que resolveram investir na produção de carnes mais macias e suculentas. Com o apoio da engenharia genética, aliada a um bom manejo alimentar dos animais, muitos criadores conseguem um incremento de até 16%, dependendo da região, no valor recebido pela arroba, que nessa semana ficou na casa dos R$ 97 no Paraná. Antes direcionada principalmente para o mercado externo, as carnes ''nobres'' têm conquistado cada vez mais o paladar do brasileiro, puxando uma nova tendência para o setor.

No Paraná, apesar da pecuária ter perdido espaço nos últimos anos para a produção de grãos, o mercado de carnes nobres vai na contramão dos pessimistas que dizem que o setor não se levanta mais. Com a inserção do gado europeu, o Estado tem se profissionalizado nesse tipo de produção. Só neste ano, o setor deve movimentar no Estado mais de R$ 167 milhões. Ao todo, a média de crescimento do segmento tem sido de 5% ao ano. E tem quem invista na pecuária. Um exemplo é a cooperativa Cooperaliança de Guarapuava. Com o apoio de 82 integrados, a entidade tem investido em um programa de produção de carnes nobres.

Um deles é o criador Carlos Aguiar, que possui 1,2 mil animais de alta performance na região de Cândido de Abreu (Vale do Ivaí). Por meio do cruzamento industrial com raças europeias, aliado a um manejo adequado, Aguiar produz uma carne com alto índice de marmoreio (camada de gordura entre músculos) e elevada qualidade de fibra. Hoje ele chega a receber em torno de R$ 10 a mais por arroba. O produtor começou com o projeto em 2005, quando comprou 16 touros de raças europeias, principalmente Angus, na exposição de Londrina. ''A partir daí comecei a fazer o cruzamento industrial'', explica.

Com o objetivo de obter animais com bom índice de rusticidade, mas ao mesmo tempo com um alto grau de acabamento de carcaça, Aguiar começou a cruzar gado Nelore com Simental, obtendo bons resultados de qualidade de carne.  País intensifica produção de alimento de qualidade.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

MSD Saúde Animal apresenta os vencedores do 14° Prêmio Pesquisa Clínica

Empresa reconhece dedicação dos médicos veterinários pesquisadores e estudantes e premia os melhores em suas categorias



Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento da pesquisa clínica e agregar cada vez mais valor à medicina veterinária, a MSD Saúde Animal, em parceria com a revista A Hora Veterinária, oferece o Prêmio de Pesquisa Clínica, que este ano está em sua 14° edição.

O Prêmio Pesquisa Clínica tem por finalidade gerar aprimoramento científico e tecnológico para estudantes e médicos veterinários. O Diretor Presidente da MSD Saúde Animal, Vilson Simon, destaca que esse prêmio valoriza os profissionais das áreas de suinocultura, pecuária, pet, aquicultura e avicultura e, acima de tudo, incentiva a pesquisa. “Incentivamos projetos como esse dentro da empresa para que, cada vez mais, os profissionais possam se aprimorar e trazer estudos científicos para a classe veterinária”, enfatiza.

Os profissionais vencedores do Prêmio Pesquisa Clínica foram: Camila Martos Thomazini, Gabriel da Silva Proença, Gustavo Pitrez Dariva, Lais Mendes Vieira e o estudante Douglas Perazzoli, todos premiados na noite do dia 05 de dezembro, durante a 39° Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária.

O 14º Prêmio Pesquisa Clínica MSD Saúde Animal possui duas categorias: profissional e estudantes. Entre os profissionais, puderam participar médicos veterinários, brasileiros e de outras nacionalidades, desde que atuantes no Brasil. Na categoria estudantes se inscreveram aqueles regularmente matriculados e cursando medicina veterinária em uma instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

Os cinco autores dos trabalhos selecionados terão direito a participar de qualquer evento veterinário, com todas as despesas pagas, inclusive para o acompanhante, mais ajuda de custo para despesas pessoais. Cada vencedor também terá o direito de levar um acompanhante. Cada concorrente pôde enviar até três trabalhos, sendo cada um com no máximo vinte laudas, incluindo as ilustrações.

Os trabalhos foram sobre pesquisa clínica (incluindo-se animais domésticos e silvestres e excluindo-se os pequenos roedores e outros animais de laboratório) realizado pelo autor com um ou mais produtos da MSD Saúde Animal. Confira os vencedores e suas categorias:

Categoria Profissional:

Camila Martos Thomazini - Animais de Companhia
Botucatu /SP
“Perfil lipídico e muscular de cães saudáveis suplementados com óleo de arroz (Gama Dog®)”

Gabriel da Silva Proença - Avicultura
Nova Petrópolis / RS
“Avaliação da eficácia da utilização de vacinas na proteção da progênie de matrizes de corte vacinadas contra Salmonella Enteritidis”

Gustavo Pitrez Dariva - Suinocultura
Erechim - RS
“Eficácia da vacina M+PAC no controle da pneumonia enzoótica em suínos causada pelo Mycoplasma Hyopneumoniae”

Lais Mendes Vieira - Pecuária
São Paulo / SP
“Dinâmica folicular em novilhas da raça Holandesa submetidas a protocolos curtos (5 dias) de sincronização da ovulação utilizando DIB® ou Crestar®”

Categoria Estudante:

Douglas Perazzoli - Pecuária
Pelotas / RS
“Efeito da administração de  SOMATOTROFINA BOVINA (Boostin®) sobre o nível plasmático de  Betahidroxibutirato no periparto em ovelhas submetidas à indução de cetose subclínica”

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

FIESP estima importação recorde de insumos agropecuários no Brasil

Para dar conta de uma safra recorde de grãos, além de fibras e energia e para abastecer o segmento de proteínas animais, Brasil deve importar este ano o equivalente a US$ 18,5 bilhões FOB (despesas por conta do comprador) em insumos agropecuários. O prognóstico é da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que ressalta a falta de planejamento de longo prazo



Pela primeira vez, a Fiesp desmembrou os números da balança comercial divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e calculou que as importações de insumos agropecuários devem crescer 10% para 2012, alcançando níveis recordes.

O Brasil é considerado pela Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO) e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) como um dos principais fornecedores de alimentos para o mundo, o que confere ao país uma posição destacada no mercado agropecuário mundial.

Ao mesmo tempo, o país vivencia um crescimento da dependência das importações dos insumos necessários a esta produção. Em apenas cinco anos, as importações mais do que dobraram, passando de US$ 8,3 bi para US$ 18,5 bi de forma agregada, considerando as indústrias de fertilizantes, defensivos, máquinas, implementos e bens de capital, alimentação e saúde animal.

As compras de fertilizantes, por exemplo, saltaram 114,4% em valor no período avaliado: de US$ 4,8 bilhões FOB em 2007 para US$ 10,9 bilhões em 2012.

"O setor de insumos como um todo é importador e continuará sendo. Porém é importante sabermos as consequências do aumento da dependência externa e entendermos, através de um planejamento de longo prazo, o quanto desse valor é possível gerar no país. No caso de fertilizantes, por exemplo, o cenário é claro e positivo", afirmou Antônio Carlos Costa, gerente do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp.

Costa refere-se às projeções da entidade, que apontam para uma redução da dependência externa de NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio), de 71%, como é atualmente, para 56% em dez anos, a partir dos investimentos das indústrias do segmento, com destaque para a Vale.

No caso dos defensivos agrícolas, o Brasil deve importar em 2012 o equivalente US$ 4,5 bilhões FOB, um crescimento de 10% com relação ao importado em 2011, US$ 4,1 bilhões de dólares.

Em Máquinas, Implementos Agrícolas e Bens de Capital, as importações brasileiras devem crescer 11,2% em 2012 contra 2011, chegando a U$ 1,8 bilhão FOB, enquanto compras em produtos de Saúde Animal devem aumentar 15% este ano com relação ao ano anterior, para US$ 333 milhões FOB.

As importações totais de insumos agropecuários devem apresentar em 2012 um incremento de 10% ante 2011. Ao final deste ano, o setor deverá importar US$ 18,5 bilhões FOB - valor recorde para série história desde 2007 -, sendo que o único segmento que deve apresentar decréscimo nas importações é o de Nutrição Animal, com queda de 3% na leitura anual, totalizando em US$ 986 milhões FOB. A queda é consequência da retração das margens em especial no setor de avicultura.

Dos insumos agropecuários importados em 2011, 58% correspondem a fertilizantes, 24% a defensivos agrícolas, 10% a Máquinas, Implementos Agrícolas e Bens de Capital, 6% a Nutrição Animal e 2% a Saúde Animal.

Segundo Costa, o objetivo da Fiesp com o levantamento desses números é jogar luz sobre a necessidade de planejamento de longo prazo com relação a dependência externa desse setor.

"É preciso que se estude a possibilidade de gerar parte desse valor no país, desde que isso se faça de forma natural e competitiva", lembrou o gerente do Deagro.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Boi: com escalas confortáveis, preços recuam no mercado

Recuo de preços no mercado do boi gordo. Com a oferta de boiadas dando condições para escalas de abate confortáveis, aos poucos a pressão baixista tem surtido efeito


Em São Paulo, a referência para o animal terminado está em R$97,00 à vista, e R$98,50 a prazo.

As tentativas de compra abaixo destes valores aumentaram em relação aos dias anteriores.

As programações de abate estão bem heterogêneas e atendem, em média, cinco dias úteis.

Existem frigoríficos fora dos negócios, o que mostra de certa forma, uma menor necessidade de compra de matéria prima em curto prazo.

Houve recuos em quase todas as praças vizinhas de São Paulo.

As recentes chuvas em Marabá-PA animam os pecuaristas em relação à qualidade das pastagens.

No atacado de carne bovina com osso, as cotações ficaram estáveis.

As vendas nos últimos dias foram fracas e os estoques das indústrias estão abastecidos. A expectativa é que a demanda dê sinais de melhora nos próximos dias.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Exportação de milho do Brasil em novembro tem novo recorde

As exportações de milho do Brasil seguem batendo recordes mensais em meio a uma forte demanda internacional, após reduções de safras em outros países produtores, mostraram dados oficiais divulgados nesta segunda-feira


Os embarques do cereal somaram um 3,9 milhões de toneladas em novembro, superando o recorde de 3,66 milhões de toneladas registrado em outubro, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O volume é quase quatro vezes maior que o registrado em novembro de 2011, quando as vendas ao exterior foram de 907 mil toneladas.

O resultado consolida 2012 como um ano histórico nas exportações de milho para o Brasil, com um volume de 16,98 milhões de toneladas, bem acima do recorde anterior, de 10,9 milhões de toneladas nos 12 meses de 2007, e acima das 9,46 milhões de toneladas do ano passado.

O país produziu um recorde superior a 72,5 milhões de toneladas na safra passada, em meio a uma disparada no mercado internacional com a quebra de safra dos Estados Unidos, uma redução na produção da Argentina, o câmbio favorável às vendas externas e com estoques abundantes no Brasil.

O volume exportado em novembro rendeu 1,07 bilhão de dólares, com a tonelada do milho sendo vendida a 273,8 dólares na média diária.

MENORES VOLUMES DE SOJA, CAFÉ E AÇÚCAR

Na direção oposta do milho, a soja --cujos estoques estão baixos após vendas intensas nos últimos meses-- registrou forte queda nos embarques em novembro ante outubro.

No último mês foram exportadas 259 mil toneladas da oleaginosa, contra 906,9 mil toneladas no mês anterior e 1,76 milhão de toneladas em novembro de 2011

Com a aproximação do fim da safra de cana no centro-sul do Brasil e com o registro de chuvas em São Paulo, onde encontra-se o principal porto de escoamento de açúcar, os embarques do adoçante também recuaram.

Em novembro, segundo o Secex, foram embarcadas 2,3 milhões de toneladas, contra 3,17 milhões de toneladas em outubro E 2,12 milhões em novembro de 2011.

O café, cujos preços no mercado internacional estão perto da mínima de dois anos e meio, teve leve retração nos embarques de novembro, com 2,5 milhões de sacas de 60 kg.

Em outubro, o país havia exportado 2,67 milhões de sacas. Já em novembro de 2011, apesar do ano de safra baixa do ciclo bianual dos cafezais, as exportações somaram 2,78 milhões de sacas.

Segundo o Secex, a saca de foi vendida a 211,1 dólares na média diária, contra 213,9 dólares em outubro e 288,7 dólares um ano atrás.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

LEITE: Preços seguem em alta, mas mercado sinaliza estabilidade para dezembro

O preço bruto foi de R$ 0,8952/litro. Essas médias são ponderadas pela produção de leite nos estados do RS, PR, SC, SP, MG, GO e BA



No mês de novembro, o preço recebido por produtores pelo leite entregue em outubro teve aumento de 1,5% (ou 1,3 centavo por litro) frente ao mês anterior, indo para a média de R$ 0,8221/litro (valor líquido), segundo levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O preço bruto foi de R$ 0,8952/litro. Essas médias são ponderadas pela produção de leite nos estados do RS, PR, SC, SP, MG, GO e BA.

Em relação ao mesmo período do ano anterior, o preço médio ficou praticamente estável, apresentando leve recuo de 0,1% em termos reais (ou seja, descontando-se a inflação do período - IPCA até outubro/12). Pesquisas do Cepea, no entanto, mostram que os custos de produção estão quase 20% maiores. Os preços do milho continuam subindo, enquanto o preço do farelo de soja, mesmo em queda no mês de outubro, vale quase o dobro que há um ano. Além disso, no início de 2013, deve haver novo aumento dos custos em função do reajuste do salário mínimo.

Pesquisadores do Cepea observam que o comportamento dos preços recebidos pelo leite em novembro foi atípico para o período. Normalmente, com a chegada das chuvas na primavera, em outubro, já é maior a disponibilidade de leite, o que tende a pressionar as cotações. Neste ano, entretanto, o volume mais baixo de chuvas combinado aos custos mais elevados da produção de leite têm limitado o avanço da produção.

A oferta diminuiu nos três estados do Sul. De acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite), entre setembro e outubro, a captação média diária naquela região caiu quase 5%. A redução ocorreu devido ao atraso das pastagens de verão, ocasionado pelo frio intenso e chuvas insuficientes nos últimos meses. Já em Goiás, houve aumento em torno de 4% (principalmente na região sul do estado); em Minas Gerais, houve alta de quase 3% e, em São Paulo, o índice permaneceu praticamente estável. No balanço dos sete estados desta pesquisa, o ICAP/Cepea recuou 0,4%.

No segmento de derivados lácteos, agentes consultados pelo Cepea já relatam aumento da oferta de leite em novembro. Até o final deste mês, entretanto, os preços permanecem firmes. No atacado paulista, o preço médio do leite UHT em novembro (cotado até o dia 29) teve aumento de 2,2% em relação a outubro, passando para a média de R$ 1,93/litro (valor inclui frete e impostos cobrados no estado). No caso do queijo muçarela, houve alta de 4,7% na comparação mensal, com média de R$ 11,67/kg em novembro. Essa pesquisa é feita diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

A maior parte dos laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea (54% dos entrevistados, que representam 63% do volume de leite amostrado) acredita que os preços do leite ao produtor permanecerão estáveis em dezembro (produção entregue em novembro). Para 29% dos agentes (que respondem por 21% do volume da amostra), deve haver alta de preços e 16% dos consultados (responsáveis por 16% do volume de leite amostrado) acha que deve haver queda.

AO PRODUTOR – De acordo com os levantamentos do Cepea, o estado de Goiás apresentou aumento de 1,8% no preço líquido do leite, que foi para R$ 0,8731/litro em novembro – o maior valor entre os estados da “média nacional”. Em Minas Gerais, o acréscimo foi de 1,7%, com a média a R$ 0,8374/litro. No estado paulista, a média foi de R$ 0,8498/litro, aumento de 0,9% frente a outubro.

No Sul do País, o preço médio líquido do Paraná aumentou 1,4%, com a média chegando a R$ 0,7967/litro. No Rio Grande do Sul, com acréscimo de 1,2%, o litro teve média de R$ 0,7548 e, em Santa Catarina, houve alta de 0,8%, com média de R$ 0,7946/litro.

O Espírito Santo foi o único estado a ter diminuição de preço, entre os 11 atualmente acompanhados pelo Cepea. A queda foi de 1,2% entre outubro e novembro, com a média (valor líquido) passando para R$ 0,7908/litro. No Rio de Janeiro, houve acréscimo de 1,8%, com o litro a R$ 0,9026. Em Mato Grosso do Sul, a alta foi de 2,2%, com média de R$ 0,7247/litro.

Na Bahia, o preço médio foi de R$ 0,8110/litro em novembro, leve aumento de 0,3% frente a outubro. No Ceará, a variação foi semelhante, de 0,4%; a média esteve em R$ 0,8550/litro.