Plano vai garantir R$ 136 bilhões para a próxima safra.
Dinheiro será usado para financiar produção e para investimentos.
O Palácio do Planalto ficou lotado e no meio da plateia, haviam produtores de várias partes do Brasil.
Alencar da Silveira tem uma propriedade de 100 hectares no município de Ouro Preto do Oeste, Rondônia, onde cria 300 cabeças de gado de corte. A maior preocupação dele é conseguir crédito nos bancos. “Sem crédito, fica difícil trabalhar porque não temos suporte para se manter”, diz.
O Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, disse que o Plano de Safra anunciado tem bem mais dinheiro do que o plano anterior e que a prioridade foi manter os juros baixos.
Ao todo, serão destinados R$ 136 bilhões, 18% a mais que no plano anterior. Deste total, R$ 97,6 bilhões vão para custeio e comercialização com juros que variam entre 3,5% e 5,5% ao ano.
Para operações de investimento serão liberados R$ 38,4 bilhões com a novidade de que há verba específica para financiamentos em irrigação com juros de 3,5% ao ano e também para armazenagem. Estão previstos R$ 25 bilhões também com taxa de juros de 3,5% ao ano.
Pela primeira vez, um Plano de Safra destina recursos específicos para armazenagem. A medida é para ajudar um setor que vem passando muita dificuldade este ano, diante de uma supersafra de grãos.
A presidente da CNA, Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, Kátia Abreu, comemorou o aumento da subvenção ao seguro rural que passou de R$ 400 milhões no plano anterior para R$ 700 milhões no novo plano.
A Conab anunciou investimentos de R$ 350 milhões na construção de 10 novos armazéns, seis na região Nordeste, um no Centro-Oeste, um no Sudeste e dois no Sul. Com as novas unidades, a capacidade de armazenagem deve passar de 1,9 milhão de toneladas para 2,8 milhões de toneladas.
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