A
“síndrome da vaca caída” ocorre devido à hipocalcemia,
que resulta de distúrbios metabólicos seguida por lesões
músculo-esqueléticas, hiperalimentação ou subnutrição, balanço
energético negativo (quando a demanda de energia é maior do que a
capacidade de ingestão do animal), trabalhos de parto laboriosos e
doenças toxi-infecciosas, como raiva, botulismo, verminose e
tristeza parasitária bovina, entre outras. Para estabelecer um
diagnóstico preciso é importante levantar o maior número de
informações sobre as condições dos animais afetados.
Conhecida
como a “Febre do leite” a hipocalcemia quando ocorrida em
parições, caracteriza-se por uma deficiência aguda de cálcio no
organismo das fêmeas nessas condições. Fatores como idade avançada
das vacas, raças altamente produtoras de leite, má nutrição
(superalimentação ou mesmo desnutrição), consumo inadequado de
cálcio e uso de determinados medicamento no pós parto contribuem
para a doença.
Com
uma alimentação balanceada associada a um manejo criterioso no pré
parto e no pós-parto (72 horas após o parto) pode-se prevenir a
febre do leite.
O
tratamento deverá ser feito o mais breve possível quando a
hipocalcemia for diagnosticada. Alguns sinais devem ser considerados
no pós-parto como: excitação e tetania, tremor muscular da cabeça
e membros, resistência do animal em se alimentar, aparência
sonolenta e a cabeça virada para trás apoiando o queixo no chão.
Possivelmente o focinho ficará seco, as extremidades frias,
temperatura corporal diminuída e pulso fraco.
Após
o diagnóstico deve-se iniciar o tratamento através de administração
de gluconato de cálcio endovenosa na dose de 2 gramas de
cálcio/100kg peso vivo (em torno de 500ml de cálcio injetável) o
Calfon, encontrado aqui na Loja Agropecuária. A aplicação
deverá ocorrer em torno de 12 a 15 minutos. Em casos mais
prolongados deve-se utilizar suplementos energéticos como CatosalB12 que também será encontrado na Loja Agropecuária, a fim de
neutralizar a necrose muscular e compensar as necessidades
metabólicas. Em torno de 75 a 85% dos casos de febre do leite
respondem ao tratamento tradicional mas em 15 a 25% dos casos podem
acontecer recidivas dentro de 12 a 48 horas. Para reduzir o risco de
recidivas pode-se administrar cálcio via oral logo após a aplicação
do cálcio endovenoso.
Fontes:
http://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/gr-responde/noticia/2017/07/nascimento-de-bezerros-mortos-e-vacas-deitadas-o-que-pode-ser.html
https://www.saudeanimal.bayer.com.br/pt/bovinos/doencas/visualizar.php?codDoenca=hipocalcemia
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