quinta-feira, 23 de maio de 2013

Bem estar animal é pré-requisito na pecuária!

Há alguns dias comentei que a nossa pecuária cresceu muito nas últimas três décadas e isso nos mostra que estamos evoluindo nesta atividade, mas ainda temos muito a aprender e praticar.


No entanto, recentemente identificamos, via mídia, uma verdadeira calamidade em alguns abatedouros do país. Problemas graves de sanidade, sem fiscalização, maus tratos aos animais, pessoas sem treinamento algum, um caos! Quem paga o preço desta imagem? Onde está a fiscalização? Uns dizem que a fiscalização federal é eficiente, outros dizem que não! Nosso problema está no estado ou até mesmo no município. Vejam amigos: nestas horas a isenção é a melhor opção.

Tenho presenciado produtores buscando inovações, melhorando a capacidade de gerenciamento de suas fazendas através de treinamentos, buscando intensamente o bem estar dos animais com investimentos pesados em currais, por exemplo, pois estamos lidando com seres vivos que tem a missão de alimentar milhares de pessoas. Será que não está na hora de termos uma fiscalização exemplar a estes seres que prejudicam a imagem da pecuária brasileira? E, definitivamente, dizer que não há lugar para amadores aqui?!

A custa disso: vândalos maltratam e colocam a nossa imagem ao alento! Isso tudo por vontade própria ou por que acreditam que no Brasil a impunidade é prevalente? Eles não sabem o esforço que os produtores brasileiros fazem para ter a rentabilidade esperada dentro da porteira. Repito: quem paga o preço por isso? Nós, produtores, estamos buscando aumentar nossa pífia média de natalidade (nascimentos/ano) que gira em torno de 60%, ou seja, para cada 100 matrizes, nascem 60 bezerros, isto é, 40 matrizes estão comendo e bebendo sem nenhum retorno ao pecuarista.

Amigos, todos nós sofremos quando acontecem notícias que afetam o setor. Será que não está na hora de tratarmos a nossa pecuária como um grande negócio, mas por todos?

Os caminhos são espinhosos e o sentimento dos produtores é que não teremos mudanças, o discurso é reativo e não pró-ativo. Mas, a esperança é a última que morre – velho ditado ainda muito usado.  Vamos acreditar que algo será feito, pois tudo isso quem paga é o produtor que vê seu ganho escorrer entre os dedos como água. Algo precisa ser feito urgente: por nós: produtores e pelos animais, isto é um pré-requisito!

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