quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Produção menor de leite eleva o preço pago ao produtor em SC

Com a demanda maior que a oferta, o preço do leite não para de subir.
Em Santa Catarina, o valor pago por litro atingiu a marca histórica.


Nas propriedades do oeste catarinense, os criadores de gado sentem os efeitos da estiagem do ano passado.

Com a seca, a silagem guardada para alimentar os animais no inverno, não teve uma boa qualidade e o atraso no período de chuva entre abril e maio adiou o plantio das pastagens de inverno. O resultado é uma produção menor de leite.

A procura maior que a oferta acirrou a disputa pela matéria-prima e o preço do leito subiu.

Luciano Sarvacinski cria gado leiteiro há mais de 50 anos em Chapecó e conta que não é sempre que vive uma situação tão favorável como agora.

O aumento no valor pago por litro motivou o produtor a aumentar o plantel de 55 para 85 vacas e a construir um galpão para confinamento dos animais. Com o sistema, a ideia é ampliar a produção de 1,3 mil para mais de 2 mil litros de leite por dia.

Quem não está nem um pouco satisfeito é o consumidor final, que em alguns supermercados chega a pagar até R$ 3 por uma caixinha de leite.

Segundo a indústria, não há previsão de redução no valor do produto pelo menos nos próximos 30 dias. “Esse valor é histórico e o produtor terá ainda alguns meses para vender o leite por um bom preço. Quem trabalhou bem em cima de custo, certamente está com uma boa margem de lucro”, explica Marcos Zordan, diretor de agropecuária da Cooperativa Aurora.

No inverno passado, o oeste de Santa Catarina produziu 140 milhões de litros de leite por mês. A região responde por 70% da produção do estado.

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