País intensifica produção de alimento de qualidade; Paraná é um dos adeptos do novo modelo de se fazer pecuária
No Paraná, apesar da pecuária ter perdido espaço nos últimos anos para a produção de grãos, o mercado de carnes nobres vai na contramão dos pessimistas que dizem que o setor não se levanta mais. Com a inserção do gado europeu, o Estado tem se profissionalizado nesse tipo de produção. Só neste ano, o setor deve movimentar no Estado mais de R$ 167 milhões. Ao todo, a média de crescimento do segmento tem sido de 5% ao ano. E tem quem invista na pecuária. Um exemplo é a cooperativa Cooperaliança de Guarapuava. Com o apoio de 82 integrados, a entidade tem investido em um programa de produção de carnes nobres.
Um deles é o criador Carlos Aguiar, que possui 1,2 mil animais de alta performance na região de Cândido de Abreu (Vale do Ivaí). Por meio do cruzamento industrial com raças europeias, aliado a um manejo adequado, Aguiar produz uma carne com alto índice de marmoreio (camada de gordura entre músculos) e elevada qualidade de fibra. Hoje ele chega a receber em torno de R$ 10 a mais por arroba. O produtor começou com o projeto em 2005, quando comprou 16 touros de raças europeias, principalmente Angus, na exposição de Londrina. ''A partir daí comecei a fazer o cruzamento industrial'', explica.
Com o objetivo de obter animais com bom índice de rusticidade, mas ao mesmo tempo com um alto grau de acabamento de carcaça, Aguiar começou a cruzar gado Nelore com Simental, obtendo bons resultados de qualidade de carne. País intensifica produção de alimento de qualidade.
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