quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Reprodução ainda é gargalo para os sistemas de produção de carne e leite

A reprodução é considerada o fator que mais influencia na rentabilidade da pecuária bovina, pois afeta diretamente o nível de produtividade de um rebanho, sendo dependente de fatores nutricionais, sanitários, genéticos e de um manejo adequado



Neste sentido, quanto mais maximizada for a produção, principalmente através da utilização de biotécnicas da reprodução, como inseminação artificial, controle farmacológico do ciclo estral, transferência de embriões e produção de embriões in vitro, maior será a exigência reprodutiva do rebanho.

Apesar da disponibilidade de todas essas biotecnologias no Brasil, a eficiência reprodutiva e, consequentemente, a rentabilidade dos sistemas de produção, tanto de bovinos de corte quanto de leite, ainda é considerada baixa quando comparada a países desenvolvidos. Em Rondônia, estima-se que a taxa de parição está entre 50 e 60%.

Uma das formas de tornar o Brasil um país mais competitivo na produção de carne e leite é através do aumento da eficiência reprodutiva e do mérito genético do rebanho. Para tanto, ferramentas reprodutivas como o incremento do uso de inseminação artificial em associação com a sincronização de cios e ovulação, principalmente a partir da segunda metade da década de 90, representa um marco no manejo reprodutivo dentro dos sistemas de produção de leite e carne no Brasil.

Desta forma, desde 2011, a Embrapa Rondônia está investindo em pesquisas voltadas para a solução de problemas reprodutivos. Uma das linhas de pesquisa que está sendo desenvolvida é a implantação de programas de inseminação artificial em tempo-fixo (IATF) mais sustentáveis. Dados obtidos de experimentos realizados no Campo Experimental de Porto Velho, já indicam que podemos contar com um novo indutor de ovulação que está mais sintonizado com as normas e os procedimentos de produção animal exigidos pela União Européia.

Recentemente, a Embrapa Rondônia aprovou um projeto que permitirá a continuação dessa linha de pesquisa. O projeto em rede inclui várias equipes de pesquisa dentro (Embrapa Gado de Leite, Embrapa Pantanal, Embrapa Clima Temperado, Universidade Federal de Pelotas e Universidade Federal de Santa Maria) e fora do Brasil (Guru Angad Veterinary and Animal Sciences University – Índia e University of Saskatchewan - Canadá).

Um dos grandes desafios para a Embrapa, no início dessa década, é comprovar a produção de leite e carne de forma sustentável no bioma Amazônia. Para tanto, a eficiência reprodutiva é um dos fatores que devem ser maximizados, pois fêmeas prenhes são ambientalmente mais sustentáveis, uma vez que mitigam gases de efeito estufa por estarem produzindo carne e leite.

O Brasil, sendo o maior exportador de carne bovina do mundo, deve estar conectado com as exigências do comércio mundial de carnes e derivados, principalmente no que diz respeito aos mercados nobres, que podem pagar melhor pelo produto. Desta forma, é necessário encontrar alternativas para que, além de atender às exigências do mercado externo, o país ainda continue produzindo proteína animal com alta competitividade e qualidade.


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