sexta-feira, 24 de março de 2017

Cidade Baiana tem vaca que pode ser o cruzamento de Jegue com uma vaca

Uma bezerra que possui o corpo de um bovino e a cabeça de um equino tem chamado atenção dos moradores do município de Conceição do Almeida, na região do recôncavo da Bahia. O animal, apelidado de “Coelhinha”, por conta das orelhas em pé, pode ser resultado do cruzamento entre uma vaca e um jegue.
"Cruzamento de vaca com jumento é aquele que resulta num híbrido incapaz de dar leite e tampouco puxar carroça”. Esse é mais um dito popular.
"Coelhinha" nasceu há dois anos e meio na fazenda Vale dos Caraís, na zona rural do município. Por lá, os animais, como cavalos, bois, jumentos e cabras, circulam livremente pelo pasto e ficam juntos. Foi neste ambiente que pode ter acontecido o cruzamento inusitado.
Como no rebanho não havia nenhuma égua gestante, foi confirmado que o filhote era de Bandeirão. Uma investigação foi iniciada para descobrir o que poderia ter acontecido e surgiram suspeitas sobre a relação da vaca com o jegue “Furão”, que também morava na fazenda. Ele morreu há alguns meses.
O pecuarista Júnior Caldas contou que o animal era conhecido na região pela fama de garanhão. “O que ele via na frente, era vaca, era égua, era mula, tivesse no cio Furão tava junto. Ele chegava e executava a parte dele. Danadinho! Nós não presenciamos esse cruzamento [de Furão e Bandeirão]”, relatou.
O vaqueiro Manoel disse que, no início, “Coelhinha” se comportava como jegue. “Largava a mãe dela e saía correndo prum canto pro outro, ficava pulando. Boi não faz isso. Agora, como ela já tá mais crescida, mais adulta, ela tá se comportando realmente como um bovino”, detalhou.
Uma jega da fazenda, conhecida como “Manteiguinha”, estranhou muito quando “Coelhinha” chegou à fazenda. “Ela ia na beira de Coelhinha, olhava, olhava e se mandava de carreira. Depois vinha de novo, olhava e saia correndo. Até que acostumou”, conta o vaqueiro Francisco Pereira.
A expectativa na fazenda agora é ver os filhotes de “Coelhinha”, que está prenha pela primeira vez. “Daqui a uns quatro meses, mais ou menos, a gente vai descobrir se vai sair parecido com a mãe ou não”, disse o pecuarista Júnior.

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