terça-feira, 16 de abril de 2013

Composto de Iodo de esgoto como substrato para mudas de eucalipto

O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de composto de lodo de esgoto como componente de substrato para produção de mudas clonais de Eucalyptus urophylla x E. grandis. Doses de composto de lodo de esgoto e casaca de arroz carbonizada foram estabelecidas com as seguintes proporções: 100/0, 80/20, 60/40, 50/50, 40/60 e 20/80, as quais foram comparadas ao substrato comercial comumente utilizado em viveiros. Os resultados de crescimento e nutrição com o uso de substratos contendo lodo de esgoto compostado foram maiores do que com o substrato comercial. A utilização de composto de lodo de esgoto em níveis acima de 40% é favorável ao desenvolvimento das mudas, sendo uma forma viável de destinação deste material.

O texto completo você acessa aqui: http://www.cnpf.embrapa.br/pfb/index.php/pfb/article/view/331/pdf_29

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Precariedade em frigoríficos do país expõe falhas na inspeção sanitária de Estados e municípios

Estabelecimentos de abate que não cumprem as normas fitossanitárias


O Brasil tem um rebanho que cresce a cada ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possui o maior rebanho comercial do mundo, com mais de 200 milhões de cabeças. O que deveria ser motivo de orgulho, no entanto, fica, em parte, comprometido por um número assustador. Pelo menos 30% dos abates realizados em território nacional são clandestinos, ou seja, não passam por nenhum tipo de inspeção e sem controle algum de qualidade.

– No Brasil, estamos acostumados a ver e lei e não obedecer. É preciso que as leis sejam obedecidas, acatadas e fiscalizadas – afirma o presidente da Associação Brasileira de Frigorifícos (Abrafrigo), Péricles Salazar. Se os abates clandestinos assustam, um outro tipo de abate representa uma armadilha ainda mais perigosa para os consumidores. São os chamados "abates clandestinos oficializados", aqueles que, pelo menos no papel, cumprem todas as exigências fitossanitárias e têm como garantia o Selo de Inspeção Municipal, o chamado SIM, ou o Selo de Inspeção Estadual, o SIE.

Em muitos casos espalhados pelo Brasil, os abates clandestinos representam uma armadilha perigosa para os consumidores. No município de Canguçu, na região sul do Rio Grande do Sul, o frigorífico JB tem licença municipal para funcionar. Já na chegada, a quantidade de cachorros chama a atenção. O veterinário responsável autoriza a entrada da equipe sem a roupa de proteção. Nas paredes, faltam azulejos, e os resíduos estão espalhados pelo solo.

– Só não foi fechado ainda por uma caridade minha, mas já reduziu bastante. Só autorizo cinco abates por semana. Isto aqui tinha que estar com água e desinfetante para cada vez que entrar lavar os pés – diz o veterinário.

Um dos funcionários arrasta o animal para dentro da sala e corta o boi ainda no chão, o que é totalmente contra as normas fitossanitárias. O próprio veterinário admite a ausência no dia-a-dia do frigorífico.

– Fazia quase um mês que eu não vinha aqui – afirma.

Já no município de Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o frigorífico Henrique de Lar Lauck tem a licença estadual para funcionar. Mesmo com o acompanhamento do veterinário, no entanto, as normas sanitárias não são respeitadas. O funcionário sai da sala do abate, passa pelo tanque de desinfecção, circula pela área interna e pelo posto de atordoamento do animal, sem que haja nenhuma preocupação com a contaminação. Dentro da sala, ninguém usa luvas e poucos estão com a máscara de proteção.

Os dois casos apresentados nesta reportagem representam os tipos de inspeção que não funcionam no país: a estadual e a municipal. Vários fatores são apontados para incompetência na administração destas duas esferas, entre eles uma questão cultural. A lei existe, mas não é cumprida, o veterinário assina como responsável mas não aparece, o bem estar animal é totalmente ignorado e, na última ponta, o consumidor fica exposto a própria sorte.

– Nós temos três tipos de inspeção no país: federal, estadual e municipal. A federal funciona bem, o problema está na estadual e, principalmente, na municipal – classifica o presidente da Abrafrigo.

No Brasil, existem 211 abatedouros com inspeção federal, 600 com inspeção estadual e 1.334 com inspeção municipal.

– É uma conta na ponta do lápis. Se você pegar os 28 milhões de abates oficiais entre inspeção federal, estadual e municipal, você vê que sete milhões são estaduais e municipais, e nossa amostra diz que 80% desse segmento é feito sem inspeção de fato – analisa o presidente da ONG Amigos da Terra, Roberto Smeraldi.

No Centro-Oeste, a mesma realidade


Do Rio Gr

– O que mais nos chamou a atenção é que o veterinário não aparece. E isso, além do desvio de função, o que mais chama a atenção é que é sistêmico. É normal que ele não esteja lá. A exceção é o veterinário que aparece. E ele incomoda, é um intruso... um estranho no ninho – diz o presidente da ONG Amigos da Terra.

Em Goiás, o festival de irregularidades continua. Na cidade de Mara Rosa, no frigorífico Frigomar, um rapaz de 15 anos trabalha dentro da sala de abates. O animal ainda vivo é abatido no chão e chega a ser chutado pelo funcionário. Depois de receber vários golpes com uma marreta, instrumento já banido, o animal continua vivo. Em Bom Jesus de Goiás, no abatedouro São José, um funcionário carrega a carne sem luvas, a buchada fica depositada no chão, os instrumentos são acomodados sobre a mureta, sem qualquer cuidado com a higiene.

– Falta fiscalizar, existe lei, existem regras, é uma questão política, o prefeito conhece o proprietário... É preciso que a União preste atenção nos municípios e em muitas inspeções estaduais e fiscalize com mais rigor para evitar todos estes crimes cometidos – considera Péricles Salazar, presidente da Abrafrigo.

Em São Paulo, violência nos abates

Nem mesmo no interior do Estado mais rico do Brasil as condições são melhores. Na cidade paulista de Jeriquara, no Abatedouro Municipal, o novilho está agitado no curral. O funcionário sem camisa se aproxima e chuta o boi várias vezes. O outro usa a bateria do caminhão para ligar a vara de choque e aplica várias descargas no animal. Sem conseguir retirá-lo do curral, resolvem abater o animal ali mesmo, de uma maneira nada convencional.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, a questão passa por uma mudança de cultura e por uma discussão interna de responsabilidade.

– Muitas vezes, não adianta o Mapa delegar para os Estados. Nós precisamos dar garantias ao consumidor e trazer estas pessoas que estão interessadas em reorganizar, que estejam conosco. mas volto a dizer, o grande desafio é mudarmos esta versão simplória da responsabilidade profissional.

O assunto foi tema de uma audiência pública no Senado nesta terça, dia 9. Além de parlamentares, representantes do Ministério da Agricultura, do Conselho Federal de Medicina Veterinária e secretários estaduais participaram do debate.
ande do Sul até Mato Grosso do Sul, são 1,3 mil quilômetros, quase 17 horas de viagem. A distância, porém, não muda a realidade. No município de Eldorado, um funcionário sem camisa aplica vários choques no animal. Sangue e resíduos estão jogados no chão. Em Bela Vista, os abates são manuais, a quantidade de moscas impressiona e o funcionário admite a irregularidade. "A gente não é liberado, mas a gente abate", diz.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Agricultura de Precisão: conheça técnicas para incrementar a lavoura

Sistema utiliza tecnologia, como GPS, para otimizar uso de insumos


Racionalização do uso de insumos e aumento da produtividade são alguns dos resultados da Agricultura de Precisão. Introduzida no Brasil em meados da década de 1990, a Agricultura de Precisão baseia-se em um conjunto de técnicas de gerenciamento agrícola a partir das propriedades do solo e das plantas de uma lavoura.

A ideia é obter o maior número de dados e características de um talhão para que o produtor tenha o máximo de aproveitamento de sua área, de maneira sustentável. Para isso, os procedimentos incluem a utilização de aparelhos como GPS, que auxiliam a localizar porções de terra para amostragem. A partir da análise das amostras, podem ser elaborados, por exemplo, mapas de produtividade. Outras técnicas consistem em fotografias aéreas, imagens de satélite e videografia.

Com a constante profissionalização do meio rural, a Agricultura de Precisão ganhou espaço no agronegócio brasileiro e conquistou a atenção do poder público. Atualmente, as práticas mais populares no país são relacionadas à aplicação de fertilizantes e corretivos em taxa variável. Para promover o sistema e auxiliar os produtores, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou o Comitê Brasileiro de Agricultura de Precisão.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Novo Canal no YouTube

Boa tarde!

A Loja Agropecuária está trabalhando agora em seu Canal no YouTube! Postaremos videos de Notícias de agropecuária em geral, informações valiosas sobre produtos, curiosidades do mundo agropecuário e mais!

Se inscreva em nosso canal e Fique por dentro de tudo:
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Abraços a Todos!


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Mutação de vírus da gripe aviária deixa autoridades de saúde em alerta

Na China, nove pessoas já foram infectadas pelo vírus H7N9 e três mortes foram registradas


A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na quarta, dia 3, que o vírus H7N9, uma mutação do vírus da gripe aviária que até então só afetava aves, sofreu mutações e pode ter assumido uma forma capaz de ser transmitido de pessoa para pessoa.

– Foi detectada uma mutação do vírus que permite a infecção em mamíferos. Aparentemente a mutação facilita a infecção em humanos – disse o porta-voz da OMS, Gregory Hartl.

De acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), há sete casos confirmados de pessoas infectadas pelo vírus H7N9. As autoridades chinesas elevaram o número para nove, e relataram três mortes.

Hartl, no entanto, afirma que não há qualquer prova de contágio entre pessoas. Segundo ele, uma das probabilidades é que as infecções verificadas sejam de origem ambiental. Hartl considerou que a possibilidade de novas infecções de humanos é de moderada a alta.

Autoridades sanitárias não conseguiram estabelecer qualquer relação epidemiológica entre os infectados associando os casos às áreas geográficas. Há estudos sobre dois casos de pessoas que mantiveram contatos com aves e dois com porcos. A possibilidade de os suínos serem a fonte de contágio não foi confirmada.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Conheça alguns alimentos que ajudam a desintoxicar o organismo

Aposte no consumo de todos os alimentos de origem vegetal, que são as frutas, verduras e legumes, veja alguns exemplos:



A laranja é rica em vitamina C, Cálcio e vitaminas do complexo B, assim ajudará seu sistema nervoso a trabalhar de forma correta.

O cálcio é relaxante muscular e ajuda também no combate ao estresse. Além de fornecer muita energia e ajudar na hidratação, previne a fadiga.

Você deve consumi-la tanto em gomos como também em suco. Rica em pectina faz muito bem ao intestino.

Vegetais de folhas e ervas possuem vitamina A e também clorofila. Estas substâncias desintoxicam as células e também inibem os radicais livres (que aceleram o envelhecimento das células). Têm ainda efeito anticancerígeno além de ajudar na proteção de seu coração. Faz bem ainda para a pele e cabelo.

A cenoura é pura fonte de vitamina A. Ótima para o bom estado da visão, pele e das mucosas. Rica também em: sais minerais como fósforo, cloro, potássio, cálcio e sódio. Fornece a Vitamina B, ótima para regular o sistema nervoso e o aparelho digestivo. Quando ingerida crua e ralada, além de limpar os dentes desenvolve os músculos mastigadores. É ótima para gestantes.

As cenouras a laranja e a abóbora são ricas em vitamina B-3 e ácido clorogênico, que mantêm o sistema nervoso saudável. Ajudam ainda na prevenção do câncer de mama. E para completar todo o benefício, possuem betacaroteno, antioxidante que ajuda a proteger o coração.

O tomate contém licopeno. Esta substância é um ótimo antioxidante. Ajuda ainda a evitar o câncer de próstata. A presença da antocianina no tomate, estimula a circulação sanguínea.

O abacaxi, além de gostoso e ótimo nesta época de verão, é diurético, facilita a digestão e desobstrui o fígado.

A maçã, é muito saborosa, além de ser riquíssima em fibras, que funcionam como esponja dentro das artérias limpando o sangue do colesterol. Como é antiácida ativa o fígado e dissolvem o ácido úrico, que ajuda a reter líquidos no organismo.

A melancia também é ótima para ser consumida no verão. Possui propriedades diuréticas, ajuda na limpeza do organismo. Torna-se um poderoso desintoxicante quando se prepara seu suco com gengibre.

O gengibre ajuda também na digestão e alivia a constipação intestinal além de ativar o metabolismo. Possui vitamina C, cálcio, potássio, ferro, fósforo e magnésio. É rica em fibras.

O mel, além de ser um adoçante natural, ajuda no combate a inúmeras doenças como a gripe, a asma, amigdalite e também a bronquite. Auxilia ainda no problema de circulação e dos músculos.

Neste verão, neste calor, é um bom momento para começarmos a mudar nossa alimentação e cuidar bem de nosso organismo.

São todos alimentos saborosos, fáceis de ser encontrados, basta que você tome a decisão de comprar menos produtos em caixinha, em latinha, em vidro e consumir alimentos saudáveis e gostosos.



Lembre-se de lavá-los bem antes de consumi-los

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Ferrovias deveriam ser o modo básico de transporte de cargas para o Nordeste, aponta estudo da Conab

Sem estrutura ferroviária, porém, o modo rodoviário ainda é a forma mais barata de transporte da produção agrícola da região Centro-Oeste para os Estados nordestinos



O modo rodoviário ainda é a forma mais barata de transporte da produção agrícola da região Centro-Oeste para o Nordeste do país. Essa é a conclusão de um recente estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a logística de escoamento de estoques públicos para atender o Nordeste, que vem sofrendo com a seca.

O estudo demonstra que o transporte multimodal, com a utilização conjunta dos modos rodoviários, hidroviários e de cabotagem, ainda é muito caro no Brasil se comparado ao rodoviário. Um exemplo é o custo de deslocamento de milho de Mato Grosso e Goiás para os Estados nordestinos. Pelo modo rodoviário, a Conab paga, em média, cerca de R$ 370,00 por tonelada.

– Caso utilizássemos o sistema multimodal, ente Mato Grosso e Bahia o valor seria de quase R$ 700,00 por tonelada – explica o Superintendente de Logística Operacional da Conab, Carlos Eduardo Tavares.

Segundo Tavares, outra alternativa analisada foi a utilização da multimodalidade rodo-cabotagem-rodo entre a zona de produção do Paraná e Bahia, que apresentou valor superior a R$ 650,00 por tonelada.

– Os números demonstram que as grandes distâncias rodoviárias, necessárias para alcançar roteiros onde são utilizados veículos de grande porte (hidrovia, ferrovia, marítima), acarretam elevados custos logísticos totais – completa.

Outro fator que torna o modo rodoviário mais atrativo é o nível de serviço oferecido. Basicamente, o tempo do caminhão no percurso de origem é de três a seis dias, enquanto no sistema multimodal, pela necessidade de consolidação das cargas (descarregar vários caminhões para encher um navio), pela distância a ser percorrida em veículos de baixa velocidade e pelo tempo de descarregamento nos portos, o prazo de remoção chega a 45 dias.

O levantamento aponta que a expansão do crescimento agrícola está se processando para o interior do país, e a ferrovia deveria ser o modo básico de transporte para movimentar estoques públicos da região Centro-Sul para o Nordeste.

– Caso a ferrovia Norte-Sul estivesse concluída, teríamos uma alternativa mais eficaz para abastecer o Nordeste – ressalta o superintendente.